sexta-feira, 25 de outubro de 2013

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

PSICOLOGIA PARA NÃO ESPECIALISTAS: "SÍNDROME" DE PÂNICO

PSICOLOGIA PARA NÃO ESPECIALISTAS TRANSTORNO DO PÂNICO



1. Como é o Ataque de Pânico ?

A pessoa está numa situação tranqüila, vendo TV, dirigindo seu carro, ouvindo música ou mesmo dormindo. Subitamente é tomada pela sensação de que algo muito ruim vai acontecer. O coração dispara, as pernas ficam bambas, pode haver tremores, ondas de frio ou calor, sudorese, tonturas, como se estivesse pisando sobre nuvens ou bebido demais ou pisando sobre um barco flutuando. Aparecem sufocação, dor no peito, tremores, formigamento nas extremidades. Tem a sensação de que vai morrer, ficar louco, um terror eminente como quem vai ter um enfarte.

2. O que é o Ataque de Pânico?

Sem causa aparente, os sintomas de um ataque de pânico aparecem, “vem”. A pessoa pode sentir intenso temor ou desconforto associado a quatro ou mais dos seguintes sintomas, que se desenvolvem bruscamente e alcançam um pico em cerca de dez minutos:

· Palpitações (o coração dispara)
· sudorese
· tremores
· Sensação de falta de ar, sufocamento.
· Sensação de asfixia, afogamento
· dores no peito
· náusea, desconforto abdominal
· tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio
· medo de perder o controle, enlouquecer ou fazer algo embaraçoso
· medo de morrer
· sensação de formigamento de membros
· sensação de frio (calafrios) ou ondas de calor
· sensação de irrealidade ou de estar distanciado de si mesmo

Um ataque de pânico é uma das mais terríveis experiências que as pessoas podem experimentar. Sua duração é de cerca de 10 a 20 minutos entre os primeiros sinais e o ápice.

3. O que é o transtorno do pânico?

O que define o transtorno do pânico é a ocorrência repetida e aleatória de ataques de pânico ou a ocorrência de um único ataque de pânico, seguido do medo de ter outro e das possíveis conseqüências dos ataques de pânico ou uma alteração comportamental relacionada aos ataques, que consiste na evitação de situações ou locais onde, supõe, poderiam ter outro ataque. Como as crises são súbitas e aleatórias, a pessoa que teve uma crise dirigindo seu carro, por exemplo, pode deixar de dirigir por temer Ter outra crise guiando. Desenvolveu uma fobia como conseqüência da crise de pânico.

4. Quais as conseqüências da crise de pânico?
A principal conseqüência do ataque de pânico não tratado é a Agorafobia, medo generalizado que a pessoa desenvolve de ter outro ataque em lugares públicos ou não, onde a saída possa ser difícil, impossível, perigosa ou embaraçosa ou o socorro possa não estar disponível. Mais do que medo de determinado lugar é medo de ter medo neste lugar. Por isto a agorafobia é um autêntico “medo do medo”.

5. Quais as conseqüências do T. do Pânico não tratado?
O T.P. é extremamente incapacitante. A pessoa antecipa a ansiedade, sente medo de sair de casa, ficar sozinha e pode permanecer reclusa em casa. 60% das pessoas com pânico narram em sua primeira entrevista que ficaram tão presas ao lar que não puderam trabalhar. Freqüentemente confundido com problemas cardiológicos, causa prejuízos pela busca incessante de médicos e exames, até que o diagnóstico correto seja feito. Afeta como um todo a qualidade de vida da pessoa. Abandono de empregos, demissões, problemas familiares, de relacionamento e outros estão presentes. É elevada a percentagem de ocorrência de depressão, abuso de álcool ou drogas visando minimizar o desconforto.



6. Qual o tratamento para o Transtorno do Pânico?

O ataque de pânico é tratado com medicação e Psicoterapia Comportamental e Cognitiva As conseqüências emocionais decorrentes, a agorafobia, através da Psicoterapia Comportamental e Cognitiva. A abordagem psicológica visa aumentar a resistência aos sintomas físicos e psicológicos da ansiedade, refazer a qualidade de vida e tratar dos fatores anteriores que predisponham à situação. Trata também de fatores emocionais associados, como depressão, abuso de álcool e drogas, re - socialização do paciente e outros pré-existentes.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

"SER EMAGRECIDO"

Psicologia no Emagrecimento: A MAGIA: “SER EMAGRECIDO II”


Por alguma razão a pessoa engordou. Pouco ou muito. Sobrepeso obesidade ou apenas acima dos padrões que imagina para si, claro, vinculados à nossa cultura.

Começa a busca pelo emagrecimento. Soluções mágicas, dietas da moda, “remédios” que resolvam o problema, “regimes”. Tudo, menos bom senso, equilíbrio e a compreensão que emagrecer exige comprometimento, paciência, mudança de estilo de vida.

Há sempre a esperança de que alguém o emagreça e logo! O “regime” é tão duro de seguir que precisa terminar logo! O máximo que consegue é perder algum peso cor algum tempo, se conseguir. Ai o peso volta e com ele a frustração e o reforço da baixa autoestima, já tão comprometida.

A proposta honesta e viável de emagrecimento é emagrecer e PERMANECER MAGRO! Envolve comprometimento, participação ativa da pessoa, bom senso, perseverança. Muitas vezes é preciso mudar a cabaça para mudar peso.

A essência do tratamento é a modificação de hábitos alimentares. Diferentemente do “regime”, a reorientação nutricional implica em novo aprendizado para ser executado para o resto da vida. Nem sempre a coisa é tão simples. Muitas vezes a comida mascara outros problemas de ordem psicológica que não são tratáveis nutricionalmente nem por medicação. É onde entra a psicologia, seguramente a área menos compreendida e mais negligenciada no tratamento.

Quem precisa de psicologia no processo de emagrecimento? Quem sabe o que fazer, mas não consegue fazer aquilo que sabe que deveria. Esse “não consegue” pode ser consciente ou não. Pode aparecer sob a forma de compulsão alimentar, ansiedade, tristeza, uma suposta fraqueza, nervosismo, irritabilidade. Outras vezes pode surgir como autêntica auto-sabotagem ao processo. Sempre que isto ocorre devemos pesquisar psicologicamente o que está por traz da obesidade. Quais os benefícios inconscientes que a pessoa possa ter engordando ou permanecendo gorda.

Emagrecer envolve o regate da auto-estima, do amor próprio, do sentimento de merecimento da felicidade. O resgate de prejuízos inúmeros que a própria doença, sim obesidade é doença crônica, possa ter trazido à pessoa. Prejuízos físicos, sociais, emocionais, afetivos. O desenvolvimento de estratégias que permitirão permanecer magro após a perda de peso. Lembre-se, quem consegue perder peso não é magro, ESTÁ MAGRO SE E ENQUANTO MANTIVER UM ESTILO MAGRO DE VIDA.

ESSE É O PAPEL DA PSICOLOGIA.

Esqueça as magias, o “SER EMAGRECIDO”. Se quiser emagrecer e permanecer magra o equilíbrio emocional é fundamental.´


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O PRECONCEITO CONTRA OS GORDOS

Todo preconceito é odioso! Convivemos com diversos em nossa cultura, alguns deles devidamente protegidos pela nossa legislação, inclusive como crimes inafiançáveis, passiveis de cadeia. Não há segmento mais desprotegido do que os dos obesos e gordos! Discriminados, ofendidos, rejeitados, inclusive por uma grande emissora de TV, que em uma de suas novelas, ridiculariza uma jovem obesa, em nome de “abordar o problema”. O tal padrão Globo de qualidade...

domingo, 6 de outubro de 2013

ARROGÂNCIA OU TIMIDEZ?


     Toda pessoa tímida já ouviu coisas do tipo: “as primeiras vezes em que a vi achei que você não queria conversa, que era convencida. Agora que a conheço bem vejo que é uma pessoa legal”.

     A conduta do tímido revela um tipo de reserva que freqüentemente é confundida com arrogância. Por medo da avaliação negativa dos outros, receio de ser rejeitado, de não agradar, de fazer ou dizer algo tolo, ele se contem, artificializa e formaliza sua conduta.

     A leitura feita pela sociedade é que “não quer papo”, que “se acha”. Isso provoca grande sofrimento interno ao tímido, alem de prejuízos de toda monta, sociais, acadêmicos, profissionais, afetivos.

     Na timidez está presente flagrante déficit de autoestima, no não acreditar em si mesmo, na própria capacidade de conviver e entreter o próximo, de interagir com a sociedade. Uma sensação permanente de inadequação.

     O tímido não é frio, ao contrário. Gostaria de “estar lá”, de participar, de pertencer, mas não se crê capaz. Tem medo de rejeição, critica-se com muita crueldade, exige-se à perfeição, medo de errar, de arriscar. A eminência de rejeição, criada por ele próprio, é tão acentuada que, para evitá-la é melhor não arriscar. É preso de pensamentos e sentimentos irreais a respeito de si mesmo, sempre, é claro, se desvalorizando. “Sou tolo”, “não sou capaz” e outros.

    A hipersensibilidade à rejeição faz com que avalie erroneamente as reações alheias, o que o leva a interpretar negativamente uma reação neutra como sendo negativa.

    A baixa auto-estima faz com que necessite de referenciais externos de auto-afirmação, já que não dispõe de critérios externos com os quais possa julgar a si mesmo de forma positiva. Mesmo quando queridos, sentem-se como impostores prestes a serem desmascarados. “Se me conhecessem direito não falariam bem de mim”.

     Para escaparem do mal estar que sentem em situações sociais, estas pessoas as evitam ou a elas comparecem com grande sofrimento. A fuga e evitação continuamente praticadas para escapar da ansiedade acabam se automatizando, se cronificando na forma de ser da pessoa.

     Este tipo de timidez é estudado e tratado satisfatoriamente por modernas formas de psicoterapia, testadas e aprovadas nos grandes centros de pesquisa de todo o mundo.

    

Dr. Marco Antonio De Tommaso
-  Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
-  Atuou no IPQ HC USP em pesquisa e atendimento
-  Credenciado pela Assoc Bras para Estudo da Obesidade
-  Consultor da Unilever - Dove de 2004 a 2010
-  Articulista da revista Boa Forma “ Divã”
-  Assessoria psicológica para modelos e agências
-  Consultor de psicologia do site www.giselebundchen.com.br


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