O MISTERIOSO “DESEJO” DE COMER
De repente, sem fome, a pessoa sente um impulso incontrolável e ingere uma grande quantidade de comida em curto período de tempo. O faz muito depressa, quase sem mastigar, na maioria das vezes às escondidas e é tomada de sensação de falta de controle sobre e o quanto come. Habitualmente até sentir-se empanturrada, cansada ou pela presença súbita de outra pessoa. Depois se sente culpada, arrependida, ansiosa e sem autoconfiança.
Este episódio é denominado, mal traduzido, “ataque de comer”. Se ocorrer duas vezes por semana, no mínimo, e há seis meses, constitui o “Transtorno de Compulsão Alimentar periódica” ou o “Transtorno do Comer Compulsivo”, popularmente, Compulsão Alimentar.
Ocorre de 25 a 56 % das pessoa que fazem dietas para emagrecer. Embora as “causas” sejam pouco conhecidas, os desencadeantes são ansiedade e a privação de alimentos.
SE ESTIVER PRESENTE E NÃO FOR TRATADO, INVIABILIZA QUALQUER PROGRAMA DE EMAGRECIMENTO, POR MELHOR QUE SEJA!
A quantidade de comida ingerida é variável de pessoa para pessoa. Contudo há a presença de um sentimento comum: a de falta de controle! E na compulsão a sensação de falta de controle é pior que a ausência do mesmo. Um brigadeiro, ingerido nestas condições, leva à barra de chocolate e a um sofrimento muito grande. Muitas dietas terminam aqui...A pessoa pode sentir vergonha ou inibição de dizer ao médico, que, na ausência de perda de peso, poderá “apertar” mais a dieta e os efeitos serão, justamente, piorar o quadro, levando a pessoa a outros ataques de comer. Dietas muito restritas levam ao aumento da incidência.
Pessoas compulsivas são muito mais vulneráveis ao à depressão, ansiedade e ao stress. Comem para “sanar” os efeitos desses sentimentos negativos. Tem dificuldade para “ler” e identificar suas emoções, confundindo-as com fome. Habitualmente são pouco assertivas, tem dificuldades de relacionamento afetivo e de resolução de problemas.
O tratamento envolve psicoterapia e reeducação alimentar.
A psicoterapia deverá identificar e tratar os fatores outros, fora a fome, que levam a pessoa a comer. O objetivo deve ser levá-la a substituir a comida por soluções mais adequadas e adaptativas para suas emoções negativas. Trazer a comida para sua função real. Identificar se o excesso de comida e a obesidade ou sobrepeso tem alguma função, habitualmente inconsciente na vida da pessoa.
O compulsivo deverá se preocupar com o PROCESSO. O emagrecimento virá como conseqüência do controle dos “ataques de comer”
Dr. Marco Antonio De Tommaso
• Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
• Atuou no Amb de Ansiedade do HC USP
• Credenciado pela Assoc Brás para Estudo da Obesidade
• Psicólogo da Agência L’Equipe de Modelos.
• Consultor da Unilever – Dove de 2004 a 2010
11 – 3887 9738 www.tommaso.psc.br tommaso@terra.com.br
2 comentários:
Ha' algo que posso fazer sozinha? Faz um ano que pensei que buscando um mundo completamente novo iria mudar minha situacao, agora jah esta quase completando um ano que estou fora do meu pais, longe de tudo e todos que conheco no Brasil e minha compulsao por comida e especialmente por doce piorou, nao passo mais de um dia se um "ataque". Nao posso procurar tratamento medico ainda aqui pois eh muito caro, ate' que eu possa buscar o tratamento ja' vai ter se passado um mes! Nao aguento mais esse transtorno, mas tambem nao consigo para-lo,
Comprrenda como é complicado propor soluções sem conhecer a pessoa,ouvir sua história, seus antecedentes.O tratamento da compulsão alimentar envolve a abordagem de muitos fatores, individuais, impossiveis de serem abordados em circusntâncias como essa.
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