A
abordagem médico/nutricional trabalha o lado lógico do emagrecimento. Trabalha
o comportamento nutricional, regido pela lógica, pelo aprendizado, visando
prover o organismo dos nutrientes necessários. É ABSOLUTAMENTE IMPRESCINDÍVEL! Porém,o comportamento alimentar, mais
simples, instintivo, primitivo é, muitas vezes, alterado por fatores emocionais. Se a pessoa está equilibrada psicologicamente e motivada, em
tese pode emagrecer sem problemas. Ocorre que, entre “saber o que fazer” e
“conseguir fazer o que a pessoa sabe que deveria”, muitas vezes vai um abismo. A
alteração de comportamento que leva ao prato tem caráter basicamente emocional,
ilógico e muitas vezes não acessível às abordagens tradicionais, necessárias,
mas não suficientes.
Porque
isso ocorre? Se o alimento tem outra função, que não nutrir, se é utilizado
como “remédio” para males para os quais não foi feito ou para resolver
problemas que não resolve, mas mascara, ao restringir ao menos a quantidade de
comida provoca o recrudescimento dessas emoções que atenuava. Se a pessoa não
tem maneiras mais adequadas de lidar com seus problemas a comida vai ser,
novamente, trazida à tona como “salvação”. Aí o comportamento nutricional que
se tentou introduzir pode ter vida curta. Retirou-se uma estratégia de
sobrevivência emocional da pessoa e não se desenvolveu outra. A pessoa irá
sentir-se à mercê dos sentimentos que a comida camuflava. E não irá aderir
às prescrições médicas e sabotará a orientação nutricional.
Aí entra
a psicologia. Trazer o alimento à sua real função. Para tal são necessárias a
identificação e modificação daquelas emoções que impedem a consecução dos
objetivos do candidato a emagrecimento.
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