sábado, 20 de agosto de 2011

O FINAL DA DIETA

PSICOLOGIA NO EMAGRECIMENTO: O “FINAL DA DIETA”

Sabemos que a obesidade é doença crônica. Quem é obeso, estará magro se e enquanto permanecer dentro de um estilo de vida magro, mas não será magro. Será um “gordo emagrecido”. O novo peso vai requerer uma eterna disciplina. Os fatores que a levaram a engordar estão lá, latentes, tentando, trazer de volta o velho peso. Como se houvesse uma memória física que, a qualquer descuido, traz de volta a gordura perdida. Isso implica em motivação férrea, disciplina, um projeto nutricional viável, que permita a aderência em longo prazo. Mais que tudo, ter as emoções a seu favor.

Emagrecer e permanecer magro deve ser o objetivo.

Nos finais de dieta, costuma haver certo descuido. Muitas vezes a dieta é flexibilizada e certa indisciplina e impaciência complicam a coisa. A perda é mais lenta, o peso pode entrar em platô, a motivação diminui e os resultados podem ser comprometidos. Alguns partem para dietas loucas que não conseguir manter. No processo de emagrecimento não existem atalhos. Só a estrada principal. Para segui-la é necessário paciência, planejamento, perseverança! Metas realistas!

Uma boa dica diante dos últimos quilos é proceder todos os dias como se estivesse no primeiro. Nos primeiros momentos de um processo nutricional (viável, claro) costuma haver entusiasmo, disciplina. A perda de peso é maior, afinal, o excesso de gordura também é maior, e isso anima a pessoa. Muitos pacientes anotam o que comem, observam horários e quantidades. Um dos sintomas que observo em clínica relativo a prováveis quebras de dietas é a recusa ou resistência em monitorar o comportamento alimentar. Progressivamente, pode haver um “alargamento” das porções, entre outros enganos. Outro fato freqüente são os “acordos” que a pessoa faz consigo mesmo: “Só esse”, “Amanhã eu volto à dieta”, “Todo mundo come”, “Hoje foi um dia estafante”, “Eu mereço”... Sabemos que essas promessas não serão cumpridas, embora, na hora em que sejam feitas a pessoa acredite que sim. Outro aspecto são as concessões! Um bombom mal interpretado, que possa significar descontrole, pode levar à caixa toda e à culpa, ao arrependimento e, em muitos casos, ao abandono.

Como vemos, todo cuidado é pouco. Emagrecer é possível, é desejável, mas envolve o comprometimento da interessada, atriz principal de um elenco que pode envolver médico, nutricionista, psicólogo, educador físico. Finalmente, é preciso combater a crença da muitos gordos: “SER EMAGRECIDO!” A crença em um agente mágico que faça o milagre!

O papel da psicologia no emagrecimento é, entre outros, a identificação de fatores subjetivos desse tipo, não tratáveis pela nutrição e pela medicina, mas que comprometem suas abordagens.


Dr. Marco Antonio De Tommaso
- Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
- Atuou no IPQ HC USP em pesquisa e atendimento
- Credenciado pela Assoc Bras para Estudo da Obesidade
- Articulista da revista Boa Forma “No Divã”
- Psicólogo da Agência L'Equipe de modelos.
- Consultor de psicologia do site www.giselebundchen.com.br/estilo

11 - 3887 9738 www.tommaso.psc.br tommaso@terra.com.br
http://tommasopsicologia.blogspot.com/
Rua Bento de Andrade, 121 Jardim Paulista São Paulo




2 comentários:

Fefa disse...

Gostei muito desse texto.
Me vi em várias situações.
Obrigada.

TOMMASO disse...

Oi Fernanda, esse fato é muito frequente! Abs Tommaso