FATOR EMOCIONAL E EMAGRECIMENTO
O sobrepeso e a obesidade são causados por diversos fatores: genéticos, biológicos, nutricionais e psicológicos. Os últimos atuam de dois modos: podem levar a pessoa a comer mais e podem funcionar como autêntico OBSTÁCULO Á PERDA DE PESO, um verdadeiro BLOQUEIO à aderência a um programa de emagrecimento.
São vários os problemas emocionais que podem levar a aumento de peso ou a impedir que a pessoa emagreça:
• Compulsão alimentar: pessoas que comem não por fome ou prazer, mas o fazem por ansiedade, apressadamente, ingerindo grandes quantidades de alimento em curto período de tempo, sentindo-se depois culpadas ou arrependidas. Muitas vezes estão em uma dieta personalizada, equilibrada e saborosa e, repentinamente começam a comer e não param mais, a não ser quando estão empanturradas, cansadas ou com mal estar. Aí vem o arrependimento, mais ansiedade e o final de mais uma dieta. SE A COMPULSÃO ALIMENTAR ESTIVER PRESENTE E NÃO FOR TRATADA INVIABILIZARÁ TODOS OS ESFORÇOS DA PESSOA PARA EMAGRECER.
• Depressão: a depressão afeta a pessoa como um todo. Pessoas que estão deprimidas em, entre outros sintomas, alteração no comportamento alimentar para mais (ou para menos) que pode levá-las a engordar. Há queda da motivação para a dieta, auto depreciação, pessimismo. Quando a depressão estiver presente em algum grau no candidato a emagrecimento, deverá ser tratada prioritariamente.
• Ansiedade: é o vilão número um das dietas alimentares. Apresenta-se em diversas formas (pânico, fobia social, ansiedade generalizada, agorafobia, stress pós traumático, fobias específicas, etc). Pessoas tensas, excessivamente preocupadas, com pânico, medos diversos, podem encontrar no alimento um “lenitivo” para seus males, para um estado interno de desconforto indefinido. Hoje, as formas clínicas de ansiedade são conhecidas, pesquisadas e seu tratamento de bom prognóstico. É MAIS FÁCIL TRATAR A ANSIEDADE DO QUE OS MALES DELA DECORRENTES.
• Stress: é comprovado que o stress tem influência sobre o peso corporal, seja pelo aumento do cortisol circulante ou pelo aumento da quantidade de alimento ingerida, que passa a atuar inadequadamente como “mecanismo anti-stress”.
• Dificuldades sexuais, conjugais ou afetivas: é sempre importante verificar o que se esconde por trás da obesidade ou do excesso de peso. A gordura pode servir de “escudo” para evitar relacionamentos, não assumir a própria sexualidade ou mesmo como forma de “rebelião passiva” a situações conjugais conflitivas.
• Problemas de relacionamento: dificuldades de relacionamento familiar, social (timidez excessiva, agressividade social, baixa assertividade e outros) podem levar a pessoa ao prato.
• Dificuldade de controle de impulsos: pessoas impulsivas, que não conseguem adiar a gratificação imediata de um impulso em detrimento a uma gratificação em médio prazo (comer é gratificante a curtíssimo prazo, emagrecimento em médio prazo), são mais vulneráveis a uma “sabotagem” em sua dieta.
Quando problemas psicológicos estão presentes (sejam eles causa ou efeito) dificultando ou inviabilizando a perda de peso deverão ser tratados conjuntamente. Na maioria são problemas que podem ser superados com abordagem psicológica adequada. Se continuarem atuando põe pro terra os mais competentes programas de emagrecimento e os mais sinceros propósitos de pessoas que “sabem o que fazer, mas não conseguem fazer o que sabem que deveriam”...
Dr. Marco Antonio De Tommaso
- Psicólogo Clínico pela Universidade de São Paulo
- Atuou no Instituto de Psiquiatria do H.C.U.S.P. em pesquisa e atendimento.
- Credenciado pela Assoc Brás para Estudo da Obesidade
- Articulista da Revista Boa Forma “No Divã”
- Psicólogo da Agência L’Equipe de modelos.
- Consultor da Unilever – Dove de 2004 a 2010
- Consultor de psicologia site www.giselebundchen.com.br
tommaso@terra.com.br www.tommaso.psc.br 11- 3887 9738
Clínica Tommaso: deixando de estar, aprendendo a ser.
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