ANSIEDADE: O PERIGO DENTRO
DE NÓS
Diferentemente do
medo, a ansiedade envolve uma sensação de ameaça abstrata, voltada para o
futuro, diante de uma situação imaginária, pouco relevante ou inexistente para
a maioria das pessoas. Um medo sem objeto.
No medo, o perigo é
real, concreto, externo, presente e eventual. Na ansiedade a sensação de perigo
é abstrata, permanente, interna, voltada para o futuro. Na ansiedade temos uma
avaliação distorcida do perigo em relação a coisas ou situações que podem nunca
ocorrer. O ansioso supervaloriza o grau de ameaça de uma situação e subvaloriza
sua capacidade de enfrentamento.]
Determinado grau de
ansiedade é importante para a vida. Em níveis moderados, atua como um
otimizador do desempenho como quando, ao me preocupar com uma prova, estudo
para ela e me saio a contendo. Se for excessiva posso não conseguir estudar,
ter “branco”, e até faltar na prova.
Quando a ansiedade
prejudica o funcionamento da pessoa, estamos diante de um transtorno de
ansiedade, que deverá ser tratado.
Os principais
transtornos de ansiedade são:
Pânico: o ataque de pânico é uma crise súbita, inesperada, espontânea, onde a pessoa sente mal
estar. A repetição do ataque de pânico ou a ocorrência de um único ataque
seguido do medo de Ter outro constitui o TRANSTORNO
DO PÂNICO.
Agorafobia: medo que a pessoa que teve pânico sente de
uma nova crise, passando a evitar locais ou circunstâncias em que a saída,
socorro ou passagem possam ser difíceis ou impossíveis, como meios de
transporte coletivo, lojas cheias, multidões, caso a pessoa tenha outro ataque
de pânico. Não tratada, torna-se
progressivamente incapacitante, podendo manter a pessoa confinada em casa.
.
Fobia Social: medo persistente e irracional que leva a
pessoa a evitar situações sociais em que possa ser observada, avaliada pelos
outros, de desempenhar alguma atividade em público. Algo como uma “timidez
exagerada” ou “vergonha excessiva”. As situações mais comuns incluem falar em
público, escrever, comer e beber diante de outras pessoas, usar banheiro
público, falar ao telefone relacionar-se com outras pessoas em situação de
destaque ou autoridade e a maioria das situações que envolvem contato
interpessoal, como festas ou reuniões, onde teme dizer coisas tolas, ser
incapaz de responder perguntas ou manter uma conversação. Os sintomas mais
freqüentes são temor, rubor, “branco na mente”, sudorese, taquicardia, tensão
muscular, tremores.
Fobias: é um medo irracional que a própria pessoa
julga exagerado e desproporcional ao estímulo. Sabe que super estima o perigo,
mas diante do objeto ou da situação temida não consegue avaliar a realidade de
seus temores. Por exemplo, fobia de insetos, de avião, de sangue, de dentista,
metrô e outras. Algumas fobias são muito
incapacitantes.
Stress pós Traumático: a pessoa passou por uma situação de alta
ameaça, como assalto, seqüestro, estupro, inundação, incêndio, naufrágio,
guerra, etc, e teve inicialmente uma reação adequada ao perigo que se torna
patológica quando permanece em estado emocional de desconforto, resultante da
lembrança do perigo vivido. Como inicialmente é “uma reação adequada a uma
situação anormal”, pode ser menosprezada pelo paciente, pais e profissionais de
saúde. Mais que uma crise ou reação ao fato ameaçador, o stress pós-traumático
interfere no funcionamento normal da pessoa, com efeitos que podem tornar-se
crônicos.
Ansiedade Generalizada: pessoas que se sentem constantemente
nervosas, preocupadas com muitas circunstâncias de vida, sendo difícil ou
impossível livrarem-se delas para encarar as tarefas cotidianas de maneira
eficaz. Os temores ou apreensões são preocupações com possíveis desgraças, ou
seja, doenças, acidentes ou mortes que possam acontecer a algum familiar ou a
eles próprios. Em outros casos referem ansiedade por não conseguirem um
desempenho eficaz em diferentes áreas vitais.
T. O. C (Transtorno
Obsessivo – Compulsivo): quadro
ansioso caracterizado pela presença de obsessões e rituais compulsivos. Obsessões são pensamentos, idéias ou
imagens repetidas e indesejadas que invadem a consciência. Podem ser
preocupações, blasfêmias, obscenidades, idéias repugnantes ou combinações
destas. Podem aparecer sob a forma de frases, pensamentos, imagens ou impulsos.
A pessoa reconhece o pensamento ou idéia como produto de seu próprio pensamento.
Compulsões são comportamentos
repetitivos, executados em ordem preestabelecida e visam baixar a ansiedade
causada pela obsessão. Ex: idéias de
estar “suja” ou contaminada (obsessão) que
causam grande ansiedade. Em seqüência lava as mãos (compulsão) para limpar-se, o que alivia provisoriamente a ansiedade, que volta
depois, repetindo-se o ciclo.
Dr. Marco Antonio De Tommaso
- Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
- Atuou no IPQ HC USP em pesquisa e atendimento
- Credenciado pela Assoc Bras para Estudo da Obesidade
- Consultor da Unilever - Dove de2004 a 2010
- Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
- Atuou no IPQ HC USP em pesquisa e atendimento
- Credenciado pela Assoc Bras para Estudo da Obesidade
- Consultor da Unilever - Dove de
-
Articulista da revista Boa Forma “Divã”
- Assessoria psicológica para modelos e agências
- Assessoria psicológica para modelos e agências
- Consultor
de psicologia do site www.giselebundchen.com.br
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