quarta-feira, 17 de outubro de 2012

BELEZA PARA TODOS OS BIOTIPOS


BELEZA PARA TODOS OS BIOTIPOS


A cultura ocidental contemporânea convencionou a beleza feminina a um determinado biótipo, excessivamente longilíneo e magro ao qual denominou “padrão” e que têm na moda e na publicidade seus maiores divulgadores via mídia. Modelos, misses e atrizes foram “emagrecidas” para se adaptar a esse “padrão”.

Por si só a termo “padrão” se contradiz. Padrão ou norma é um atributo que 50% das pessoas possam apresentar. A inteligência de Einstein é admirável, mas não é “padrão”. Estatisticamente o biotipo ostentado como belo ocorre em apenas em 1% das mulheres da humanidade, se tanto. Então, o “padrão” não é padrão... Biologicamente, norma ou padrão seria expresso por um IMC entre 19 e 24,5, onde os riscos de doenças são menores. Mas o “padrão” de beleza vai para preocupantes 16 a 17, onde o risco de desnutrição é enorme, salvo exceções genéticas.

O que vemos são mulheres lindíssimas abrindo mão da própria beleza por ambicionarem um tipo de magreza quase patológica, no afã de ostentar um biótipo que não é o seu, correndo riscos de doenças e, no mínimo, piorando sua qualidade de vida, sabotando a própria felicidade.

Por outro lado, à revelia da maior parte da moda, surgem movimentos que valorizam as modelos “plus size” como alternativa. Aqui um cuidado: se colocamos ressalvas em termos de saúde ao padrão anoréxico, que tal o fazermos de “plus size” significar obesidade? Vale como um desabafo da mulher em relação à ditadura da beleza. Mas, será que não podemos estar colocando uma doença para curar a outra? Talvez a rebeldia seja momentânea e de lugar a modelos “saudáveis” efetivamente representativas do gênero feminino e não exceções genéticas.

Uma das características da beleza é a representação através da atratividade física de sinais que indicam saúde e fertilidade. Mas beleza não é só isso! Beleza é um conceito muito mais amplo, potencializado pela simpatia, empatia, comunicabilidade, cultura, por algo muito mais íntimo: a autoestima, a autoconfiança! Não há beleza sem saúde e sem autoestima. A percepção da própria beleza é muito mais ligada à autoestima do que à atratividade física. Beleza é conceito aplicável a todas as idades, raças, etnias, formas e tamanhos, a todos os biótipos.  Em termos de beleza não existem “padrões”. Cada uma tem a sua. É muito mais que cor de olhos ou medida de quadril. Cada mulher deve procurar seus diferenciais, aquilo que a torna única, a sua identidade estética.



Dr. Marco Antonio De Tommaso
-  Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
-  Atuou no IPQ HC USP em pesquisa e atendimento
-  Credenciado pela Assoc Bras para Estudo da Obesidade
-  Consultor da Unilever - Dove de 2004 a 2010
-  Articulista da revista Boa Forma “No Divã”
-  Psicólogo da Agência  L'Equipe de modelos.
-  Consultor de psicologia do site www.giselebundchen.com.br

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