BELEZA PARA TODOS OS
BIOTIPOS
A
cultura ocidental contemporânea convencionou a beleza feminina a um determinado
biótipo, excessivamente longilíneo e magro ao qual denominou “padrão” e que têm
na moda e na publicidade seus maiores divulgadores via mídia. Modelos, misses e
atrizes foram “emagrecidas” para se adaptar a esse “padrão”.
Por
si só a termo “padrão” se contradiz. Padrão ou norma é um atributo que 50% das
pessoas possam apresentar. A inteligência de Einstein é admirável, mas não é
“padrão”. Estatisticamente o biotipo ostentado como belo ocorre em apenas em 1%
das mulheres da humanidade, se tanto. Então, o “padrão” não é padrão...
Biologicamente, norma ou padrão seria expresso por um IMC entre 19 e 24,5, onde
os riscos de doenças são menores. Mas o “padrão” de beleza vai para
preocupantes 16 a
17, onde o risco de desnutrição é enorme, salvo exceções genéticas.
O
que vemos são mulheres lindíssimas abrindo mão da própria beleza por
ambicionarem um tipo de magreza quase patológica, no afã de ostentar um biótipo
que não é o seu, correndo riscos de doenças e, no mínimo, piorando sua
qualidade de vida, sabotando a própria felicidade.
Por
outro lado, à revelia da maior parte da moda, surgem movimentos que valorizam
as modelos “plus size” como alternativa. Aqui um cuidado: se colocamos
ressalvas em termos de saúde ao padrão anoréxico, que tal o fazermos de “plus
size” significar obesidade? Vale como um desabafo da mulher em relação à
ditadura da beleza. Mas, será que não podemos estar colocando uma doença para
curar a outra? Talvez a rebeldia seja momentânea e de lugar a modelos
“saudáveis” efetivamente representativas do gênero feminino e não exceções
genéticas.
Uma
das características da beleza é a representação através da atratividade física
de sinais que indicam saúde e fertilidade. Mas beleza não é só isso! Beleza é um
conceito muito mais amplo, potencializado pela simpatia, empatia,
comunicabilidade, cultura, por algo muito mais íntimo: a autoestima, a
autoconfiança! Não há beleza sem saúde e sem autoestima. A percepção da própria
beleza é muito mais ligada à autoestima do que à atratividade física. Beleza é
conceito aplicável a todas as idades, raças, etnias, formas e tamanhos, a todos
os biótipos. Em termos de beleza não
existem “padrões”. Cada uma tem a sua. É muito mais que cor de olhos ou medida
de quadril. Cada mulher deve procurar seus diferenciais, aquilo que a torna
única, a sua identidade estética.
Dr. Marco Antonio De Tommaso
- Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
- Atuou no IPQ HC USP em pesquisa e atendimento
- Credenciado pela Assoc Bras para Estudo da Obesidade
- Consultor da Unilever - Dove de2004 a 2010
- Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
- Atuou no IPQ HC USP em pesquisa e atendimento
- Credenciado pela Assoc Bras para Estudo da Obesidade
- Consultor da Unilever - Dove de
- Articulista da revista Boa Forma “No Divã”
- Psicólogo da Agência L'Equipe de modelos.
- Psicólogo da Agência L'Equipe de modelos.
- Consultor de psicologia do site
www.giselebundchen.com.br
Rua Bento de
Andrade, 121 Jardim Paulista São
Paulo
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