CONTROLE
DO IMPULSO DE COMER
Controlar o IMPULSO DE COMER
é adquirir a capacidade de escolha de formas de comportamentos alternativos ao
comportamento de comer. Não se trata de “forçar” a pessoa a não comer, mas
desenvolver-lhe a capacidade de escolha. Ela irá seguir ou não o impulso.
Escolherá entre uma gratificação imediata, comer, e uma recompensa em médio
prazo, ser magra e saudável. O autocontrole do impulso de comer visa
desenvolver a resistência à tentação e a persistência frente à adversidade. Se
For A COMIDA QUE CONTROLA O OBESO, VISA-SE QUE O OBESO CONTROLE A COMIDA e
emagreça.
O impulso de comer é uma reação
automática, não refletida ou “raciocinada”. Quem tem compulsão
alimentar, tão logo se sinta ansioso, irá para a comida como sendo a única
opção, sem pensar, como fazemos quando dirigimos um carro. Realizamos trocas de
marchas, aceleramos e freamos “sem pensar”.
Para que
haja o “descondicionamento” deste hábito ele deverá ser decomposto em etapas. O objetivo
deverá ser levar a pessoa a raciocinar “dentro” do processo e não após e atuar
de forma a antagonizá-lo. De outra maneira, o controle do impulso de comer é
conseguido tornando conscientes para a pessoa dados até então automáticos.
Para
tanto é necessário que se a pessoa entenda as etapas do processo de
autocontrole. Antes de tudo deverá compreender que o “desmanche” de um hábito
arraigado há muito tempo requer paciência,
perseverança e TEMPO. MAIS IMPORTANTE QUE O RESULTADO È O PROCESSO, que
praticado, levará ao sucesso. FALHAS E ESCORREGÕES DEVERÃO SER VISTAS COMO
OPORTUNIDADE PARA APRENDIZADO.
1.
IDENTIFICAR OS PRIMEIROS
SINAIS DE PERIGO ANTES QUE SE CONVERTAM EM COMIDA– Através do registro de seu
comportamento a pessoa anotará as sensações,
situações, pensamentos, se está só
ou acompanhada, o dia e a hora em que os sinais aparecem, o que a faz pensar em
ir comer. O que sente, o que pensa e o que faz. O SIMPLES FATO DE ANOTAR É A PRIMEIRA FORMA DE ADIAMENTO DA
GRATIFICAÇÃO, além de trazer
informações importantes e relações entre situações diversas e o comportamento
alimentar que a pessoa desconhecia.
A primeira descoberta, nem sempre tão óbvia, é que não é a fome
o estopim para a comida. Comumente ansiedade, stress, tristeza, preocupação,
dificuldades interpessoais, de resolução de problemas, pensamentos
desagradáveis, pessimismo, desesperança, baixa auto-estima, preocupação com
dietas, ócio, hábitos adquiridos e outros são identificados. Uma primeira
pergunta que a pessoa fará a si própria é “É FOME?”.
2.
INIBIÇÃO DA RESPOSTA
AUTOMÁTICA – Identificado o primeiro
sinal, a pessoa deverá lembra-se de
QUESTIONAR ESSE IMPULSO-
Deverá tentar raciocinar DENTRO DO PROCESSO. Explorar os prós e contras de
“comer sem fome”. Quais as vantagens de
ceder? E os prejuízos?
Que
outra coisa poderia fazer, fora comer? Se necessário, valer-se de LEMBRETES
COLOCADOS EM LOCAL DE
FÁCIL ACESSO.
A
finalidade é ir acostumando-se a um retardamento da gratificação, um ganho de
tempo que permite o questionamento: “conversar consigo próprio”. Se o “diálogo
interno” anterior era “estou ansiosa então vou comer” (embora automatizado),
agora deverá ser “estou ansiosa e
devo
solucionar esta ansiedade de outra maneira e não comendo.‘Quais as outras
possibilidades “?”.
Muitas
vezes, o simples decurso de tempo faz com que o impulso de comer enfraqueça ou
desapareça!
3.
GERAR ALTERNATIVAS- “o que eu poderia fazer em lugar de comer?” deverá ser perguntado a si
próprio. O maior número de alternativas possíveis deverá se geradas, sem
críticas. A quantidade fará a qualidade e a escolha será efetivada depois. A
alternativa deverá ser prazerosa! “Eu poderia visitar um amigo, fazer
exercícios físicos, ir ao cinema, fazer uma caminhada, mexer com argila, etc”.
4. SELECIONAR AS ALTERNATIVAS- examinar a VIABILIDADE de cada uma. “Meu amigo não
estará em casa, mas quem sabe digito um trabalho no computador”. Identificar
medos ou inibições que bloqueiam alternativas promissoras. “Porque receio fazer
aquilo que sei que deveria fazer? O que poderia acontecer?” Quais seriam as
conseqüências? “Porque não quero caminhar se eu sei que me fará bem”?”Do
que estou com medo”? Questionar a resistência em fazê-lo!
5.
COLOCAR EM PRÁTICA A ALTERNATIVA
ESCOLHIDA-
6.
AVALIAR OS RESULTADOS - foi efetivo? Caminhar (ou
alternativa) tirou-me da comida?
Se a alternativa não foi
efetiva, escolher outra, até que se
consiga o resultado desejado!
É necessária vontade e
paciência. Vamos relembrar: PREOCUPE-SE COM O PROCESSO
E NÃO COM O RESULTADO. ESTE VIRÁ NATURALMENTE.
O método é gradativo,
progressivo. A pessoa deve gratificar-se após cada etapa cumprida. Não
desanime. O comportamento alimentar errôneo foi adquirido e automatizado. Você
está modificando uma estrutura vigente há muito tempo e isto requer esforço.
Cada deslize deverá ser encarado como uma oportunidade para aprendizagem. Pode
parecer algo artificial no começo, mas a pessoa vai automatizando as soluções! VAI
MUDANDO O DIÁLOGO INTERNO, ENQUANTO DENTRO DA TERAPIA, VAI TRABALHANDO E
BUSCANDO SOLUÇÕES PARA OS FATORES QUER A LEVAVAM A COMER ERRONEAMENTE. Emagrecer desta forma poderá parecer mais
“lento”, porém os resultados serão individuais e sob medida para aquela
pessoa e, portanto, MUITO MAIS DURÁVEIS!
Dr. Marco
Antonio De Tommaso
- Psicólogo e psicoterapeuta pela
Universidade de São Paulo
-
Atuou no IPQHCUSP em
pesquisa e atendimento
-
Credenciado pela Assoc Brás
para Estudo da Obesidade
-
Consultor da Unilever –
Dove no Programa Dove pela Autoestima
-
Psicólogo da Agência de
Modelos L’Equipe
-
Consultor de Psicologia do
site www.giselebundchen.com.br
-
Tratamento da Ansiedade e
da Compulsão Alimentar
11- 3887 9738 tommaso@terra.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário