segunda-feira, 4 de março de 2013

CONTROLE DO IMPULSO DE COMER: DICAS



CONTROLE DO IMPULSO DE COMER



     Controlar o IMPULSO DE COMER é adquirir a capacidade de escolha de formas de comportamentos alternativos ao comportamento de comer. Não se trata de “forçar” a pessoa a não comer, mas desenvolver-lhe a capacidade de escolha. Ela irá seguir ou não o impulso. Escolherá entre uma gratificação imediata, comer, e uma recompensa em médio prazo, ser magra e saudável. O autocontrole do impulso de comer visa desenvolver a resistência à tentação e a persistência frente à adversidade. Se For A COMIDA QUE CONTROLA O OBESO, VISA-SE QUE O OBESO CONTROLE A COMIDA e emagreça.

     O impulso de comer é uma reação automática, não refletida ou “raciocinada”. Quem tem compulsão alimentar, tão logo se sinta ansioso, irá para a comida como sendo a única opção, sem pensar, como fazemos quando dirigimos um carro. Realizamos trocas de marchas, aceleramos e freamos “sem pensar”.

     Para que haja o “descondicionamento” deste hábito ele deverá ser decomposto em etapas. O objetivo deverá ser levar a pessoa a raciocinar “dentro” do processo e não após e atuar de forma a antagonizá-lo. De outra maneira, o controle do impulso de comer é conseguido tornando conscientes para a pessoa dados até então automáticos.

     Para tanto é necessário que se a pessoa entenda as etapas do processo de autocontrole. Antes de tudo deverá compreender que o “desmanche” de um hábito arraigado há muito tempo requer paciência, perseverança e TEMPO. MAIS IMPORTANTE QUE O RESULTADO È O PROCESSO, que praticado, levará ao sucesso. FALHAS E ESCORREGÕES DEVERÃO SER VISTAS COMO OPORTUNIDADE PARA APRENDIZADO.

1.       IDENTIFICAR OS PRIMEIROS SINAIS DE PERIGO ANTES QUE SE CONVERTAM EM COMIDA–  Através do registro de seu comportamento a pessoa anotará as sensações, situações, pensamentos, se está só ou acompanhada, o dia e a hora em que os sinais aparecem, o que a faz pensar em ir comer. O que sente, o que pensa e o que faz. O SIMPLES FATO DE ANOTAR É A PRIMEIRA FORMA DE ADIAMENTO DA GRATIFICAÇÃO, além de trazer informações importantes e relações entre situações diversas e o comportamento alimentar que a pessoa desconhecia.
A primeira descoberta, nem sempre tão óbvia, é que não é a fome o estopim para a comida. Comumente ansiedade, stress, tristeza, preocupação, dificuldades interpessoais, de resolução de problemas, pensamentos desagradáveis, pessimismo, desesperança, baixa auto-estima, preocupação com dietas, ócio, hábitos adquiridos e outros são identificados. Uma primeira pergunta que a pessoa fará a si própria é “É FOME?”.

2.       INIBIÇÃO DA RESPOSTA AUTOMÁTICAIdentificado o primeiro sinal, a pessoa deverá lembra-se de QUESTIONAR ESSE IMPULSO- Deverá tentar raciocinar DENTRO DO PROCESSO. Explorar os prós e contras de “comer sem fome”.  Quais as vantagens de ceder? E os prejuízos?
Que outra coisa poderia fazer, fora comer? Se necessário, valer-se de LEMBRETES COLOCADOS EM LOCAL DE FÁCIL ACESSO.
A finalidade é ir acostumando-se a um retardamento da gratificação, um ganho de tempo que permite o questionamento: “conversar consigo próprio”. Se o “diálogo interno” anterior era “estou ansiosa então vou comer” (embora automatizado), agora deverá ser “estou ansiosa e


devo solucionar esta ansiedade de outra maneira e não comendo.‘Quais as outras possibilidades “?”.

Muitas vezes, o simples decurso de tempo faz com que o impulso de comer enfraqueça ou desapareça!

3.      GERAR ALTERNATIVAS- “o que eu poderia fazer em lugar de comer?” deverá ser perguntado a si próprio. O maior número de alternativas possíveis deverá se geradas, sem críticas. A quantidade fará a qualidade e a escolha será efetivada depois. A alternativa deverá ser prazerosa! “Eu poderia visitar um amigo, fazer exercícios físicos, ir ao cinema, fazer uma caminhada, mexer com argila, etc”.

4.       SELECIONAR AS ALTERNATIVAS- examinar a VIABILIDADE de cada uma. “Meu amigo não estará em casa, mas quem sabe digito um trabalho no computador”. Identificar medos ou inibições que bloqueiam alternativas promissoras. “Porque receio fazer aquilo que sei que deveria fazer? O que poderia acontecer?” Quais seriam as conseqüências? “Porque não quero caminhar se eu sei que me fará bem”?”Do que estou com medo”? Questionar a resistência em fazê-lo!


5.      COLOCAR EM PRÁTICA A ALTERNATIVA ESCOLHIDA-

6.      AVALIAR OS RESULTADOS - foi efetivo? Caminhar (ou alternativa) tirou-me da comida?

Se a alternativa não foi efetiva, escolher outra, até que se consiga o resultado desejado!
     É necessária vontade e paciência. Vamos relembrar: PREOCUPE-SE COM O PROCESSO E NÃO COM O RESULTADO. ESTE VIRÁ NATURALMENTE.

     O método é gradativo, progressivo. A pessoa deve gratificar-se após cada etapa cumprida. Não desanime. O comportamento alimentar errôneo foi adquirido e automatizado. Você está modificando uma estrutura vigente há muito tempo e isto requer esforço. Cada deslize deverá ser encarado como uma oportunidade para aprendizagem. Pode parecer algo artificial no começo, mas a pessoa vai automatizando as soluções! VAI MUDANDO O DIÁLOGO INTERNO, ENQUANTO DENTRO DA TERAPIA, VAI TRABALHANDO E BUSCANDO SOLUÇÕES PARA OS FATORES QUER A LEVAVAM A COMER ERRONEAMENTE.  Emagrecer desta forma poderá parecer mais “lento”, porém os resultados serão individuais e sob medida para aquela pessoa e, portanto, MUITO MAIS DURÁVEIS!


                                    Dr. Marco Antonio De Tommaso
                 -    Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
-          Atuou no IPQHCUSP em pesquisa e atendimento
-          Credenciado pela Assoc Brás para Estudo da Obesidade
-          Consultor da Unilever – Dove no Programa Dove pela Autoestima
-          Psicólogo da Agência de Modelos L’Equipe
-          Consultor de Psicologia do site www.giselebundchen.com.br
-          Tratamento da Ansiedade e da Compulsão Alimentar

11- 3887 9738     tommaso@terra.com.br


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