sexta-feira, 20 de maio de 2011

TEXTO PALESTRA "QUANDO AS EMOÇÕES VIRAM COMIDA"

Caros amigos,

Encaminho o texto que distribui na palestra que realizei ontem no Pauneiras do Morumbí.
Abs

Tommaso




O MISTERIOSO “DESEJO” DE COMER

De repente, sem fome, a pessoa sente um impulso incontrolável e ingere uma grande quantidade de comida em curto período de tempo. O faz muito depressa, quase sem mastigar, na maioria das vezes às escondidas e é tomada de sensação de falta de controle sobre e o quanto come. Habitualmente o faz até sentir-se empanturrada, cansada ou pela presença súbita de outra pessoa. Depois se sente culpada, arrependida, ansiosa e sem autoconfiança.

Este episódio é denominado, mal traduzido, “ataque de comer”. Se ocorrer duas vezes por semana, no mínimo, e há seis meses, constitui o “Transtorno de Compulsão Alimentar periódica” ou o “Transtorno do Comer Compulsivo”, popularmente Compulsão Alimentar.

Ocorre de 25 a 56 % das pessoas que fazem dietas para emagrecer. Embora as “causas” sejam pouco conhecidas, os desencadeantes são ansiedade e a privação de alimentos.

SE ESTIVER PRESENTE E NÃO FOR TRATADO, INVIABILIZA QUALQUER PROGRAMA DE EMAGRECIMENTO, POR MELHOR QUE SEJA!

A quantidade de comida ingerida é variável de pessoa para pessoa. Contudo há a presença de um sentimento comum: a de falta de controle! E na compulsão a sensação de falta de controle é pior que a ausência do mesmo. Um brigadeiro, ingerido nestas condições, leva à barra de chocolate e a um sofrimento muito grande. Muitas dietas terminam aqui...A pessoa pode sentir vergonha ou inibição de dizer ao médico, que, na ausência de perda de peso, poderá “apertar” mais a dieta e os efeitos serão, justamente, piorar o quadro, levando a pessoa a outros ataques de comer. Dietas muito restritas levam ao aumento da incidência.

Pessoas compulsivas são muito mais vulneráveis ao à depressão, ansiedade e ao stress. Comem para “sanar” os efeitos desses sentimentos negativos. Tem dificuldade para “ler” e identificar suas emoções, confundindo-as com fome. Habitualmente são pouco assertivas, tem dificuldades de relacionamento afetivo e de resolução de problemas.

O tratamento envolve psicoterapia e reeducação alimentar.

A psicoterapia deverá identificar e tratar os fatores outros, fora a fome, que levam a pessoa a comer. O objetivo deve ser levá-la a substituir a comida por soluções mais adequadas e adaptativas para suas emoções negativas. Trazer a comida para sua função real. Identificar se o excesso de comida e a obesidade ou sobrepeso tem alguma função, habitualmente inconsciente na vida da pessoa.

O compulsivo deverá se preocupar com o PROCESSO. O emagrecimento virá como conseqüência do controle dos “ataques de comer”


Dr. Marco Antonio De Tommaso
• Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
• Atuou no IPQHC USP em pesquisa e atendimento
• Credenciado pela Assoc Brás para Estudo da Obesidade
• Psicólogo da Agência L’Equipe de Modelos.
• Consultor da Unilever – Dove na campanha pela real beleza
• Articulista da Revista Boa Forma “No Divã”
• Consultor de psicologia do site www.giselebundchen.com.br/estilo

11 -3887 9738 www.tommaso.psc.br tommaso@terra.com.br

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