sábado, 16 de abril de 2016

AUTOSABOTAGEM NO EMAGRECIMENTO


De certa maneira, todos temos pontualmente pensamentos negativos em relação a nossas metas e projetos. A dúvida,o desconhecido, o ainda não realizado geram ansiedade e, ao preenchermos o hiato entre o presente e o futuro poderemos ter momentos de vacilo.
No emagrecimento é comum pessoas se perderem quando estavam no caminho certo.
Desde um deslize eventual na parte nutricional até pensamentos negativos podem desencadear o processo. Pior,muitas ocorre fora da consciência, como se o candidato tivesse um ganho secundário permanecendo gordo, não se sentindo merecedor do  resultado positivo. Frequentemente isso ocorre quando a meta está próxima… Um derivado do “medo de ser feliz”. A manifestação consciente pode começar com um deslize nutricional que poderia ser facilmente revertido. Um ato falho,como esquecer o lanche da tarde, ou fazer uma dieta mais rígida do necessário. Ou uma concessão consentida.Um exemplo clínico: a pessoa volta feliz da nutricionista, perdeu algum peso e “comemora”…comendo…Parece ter uma pseudo auto suficiência momentânea…”Quando quiser volto a emagrecer”…Ou “perdi 2 kg,se eu engordar meio,estou no lucro…”.Passa o boi e depois a boiada toda…Vem a culpa e a sensação de descontrole…Outros pensamentos sabotadores podem antecipar grandes deslizes ; “eu mereço”, “só hoje”, “quer saber?” e outros. Promessas feitas hoje e que não serão cumpridas amanhã. Simples formas de tentar diminuir a ansiedade que virá reforçada pela culpa.
A autossabotagem é mais frequente em longos históricos de tentativas de emagrecimento, onde a imagem corporal tenha sido alterada e , com ela,a autoestima. Sabemos que a baixa autoestima é o denominador comum nos transtornos alimentares.
Se você se identifica com um desses exemplos observe que, sempre que há um conflito entre a consciente vontade de emagrecer e fatores inconscientes contrários, vence o lado inconsciente.
Se a autossabotagem estiver presente e não for tratada, põe por terra os mais competentes projetos médico-nutricionais. A pessoa quer e não quer a mesma coisa ao mesmo tempo.
Nestes casos, a abordagem psicológica é fundamental. Essa autossabotagem deverá ser identificada e tratada.

Dr. Marco Antonio De Tommaso
-  Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
-  Atuou no IPQ HC USP em pesquisa e atendimento
-  Credenciado pela Assoc Bras para Estudo da Obesidade
-  Consultor da Unilever – Dove de 2004 a 2010
-  Articulista da revista Boa Forma “ Divã”
-  Assessoria psicológica para modelos e agências
-  Consultor de psicologia do site www.giselebundchen.com.br

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