terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

TRANSTORNOS PSICOLÓGICOS ASSOCIADOS Á OBESIDADE

TRANSTORNOS PSICOLÓGICOS ASSOCIADOS À OBESIDADE

É comum a associação da obesidade com problemas psicopatológicos, as chamadas “comorbidades”. Discute-se se são causa ou efeito. O que veio antes, o ovo ou a galinha? A pessoa engorda por que tem problemas emocionais ou tem problemas emocionais por que é gorda?

Não há espaço aqui para entrarmos no mérito. Porém, sabemos que existem diferentes tipos de obesidade. Mais apropriadamente, falamos em “obesidades”. O que vale para um pode não valer para outro, daí a necessidade de individualizarmos  cada caso.

Vamos a alguns dados clínicos:

·         Obesos têm maior prevalência de transtornos   emocionais graves.
·         Quanto maior o grau de obesidade maior o comprometimento e a dificuldade de tratamento.
·         Quanto mais problemas estiverem associados, menos favorável é o prognóstico.

Entre os problemas associados podemos citar a ansiedade, dificuldades afetivas, dificuldades sociais e sexuais, de relacionamento, timidez, baixa capacidade de habilidades sociais, baixa assertividade, transtornos de humor (depressão, distimia, transtorno bipolar), excesso de preocupações, alteração da imagem corporal e, como elemento chave, a baixa autoestima, os sentimentos de inferioridade, adquiridos até pela discriminação sofrida. Finalmente, a presença de compulsão alimentar e da compulsão alimentar noturna que, ocorrem entre 30 a 50 % das pessoas fora de peso podem inviabilizar o mais competente projeto médico-nutricional.

Como vemos, nesses casos o tratamento envolve a inclusão da psicoterapia no processo de emagrecimento. É fundamental a identificação e o tratamento desses problemas, causa ou efeito, para que o emagrecimento seja possível.

                     Dr. Marco Antonio De Tommaso
-  Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
-  Atuou no IPQ HC USP em pesquisa e atendimento
-  Credenciado pela Assoc Bras para Estudo da Obesidade
-  Consultor da Unilever - Dove de 2004 a 2010
-  Articulista da revista Boa Forma “ Divã”
-  Assessoria psicológica para modelos e agências
-  Consultor de psicologia do site www.giselebundchen.com.br
11 - 3887 9738    www.tommaso.psc.br  tommaso@terra.com.br
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Rua Bento de Andrade, 121    Jardim Paulista     São Paulo

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

QUANDO CORRER SE TORNA COMPULSÃO

QUANDO CORRER SE TORNA COMPULSÃO

Atividade física é fundamental para a saúde e o bem estar. Melhora a autoestima. Deve ser praticada com regularidade e segurança, orientada por um especialista após a pessoa ter se submetido à avaliação médica.

A corrida, particularmente, traz enorme bem estar, provoca a secreção de hormônios do prazer, como a endorfina, melhora nosso humor, reduz a ansiedade e é eficaz coadjuvante no tratamento das depressões leves. Promove queima calórica e é importantíssima componente de um programa de emagrecimento, ao lado de nutrição adequada e do equilíbrio psicológico. Além disso, beneficia a estética.

Por todas essas razões, é fácil exagerar em sua prática! Muitas pessoas, inebriadas com a endorfina, extrapolam em seus treinos. Até aí, normal e vemos isso ocorrer diariamente.

Porem existe aquelas que estão sempre inquietas e ansiosas diante do exercício. Exageram na quantidade e na intensidade, deixam de lado outras áreas de suas vidas para praticá-las, sentem–se culpadas quando, por um motivo de força maior não podem treinar. Temem engordar se perderem um dia e, efetivamente, se vêm engordando. São adeptas do “fazer até doer, se não, não faz efeito”. Mostram-se relutantes aos limites colocados pelo treinador e até as criticas familiares. Não raro, praticam as escondidas. Chegam a tomar antiinflamatórios, para driblar a dor e continuar fazendo. “Mais é melhor”, é o lema. São acometidas frequentemente por lesões.

     Há uma idéia invasiva (vem contra a vontade da pessoa, que não consegue desvencilhar- se dela) de “estar engordando” ou “perdendo a forma” ou de “estar feia”, entre outras. Mais que prazer e necessidade, o exercício entra como uma “urgência” interna, e sua realização reduz provisoriamente a ansiedade provocada pelos pensamentos iniciais. Alivia momentaneamente a culpa por sentir-se engordando. Em alguns casos vem após episódio alimentar em que a pessoa acha que comeu algo que acha que a fará engordar.

     Habitualmente sabem que estão fazendo demais, mas não conseguem deixar de fazê-lo, resistindo à orientação do orientador físico ou das críticas familiares.

     O exercício físico compulsivo pode ser parte integrante dos transtornos alimentares (anorexia e bulimia), onde assume o papel de comportamento compensatório aos ataques de comer ou mesmo provenientes de má avaliação da própria imagem. A anoréxica tem verdadeira “obsessão pela magreza” e a bulímica pavor de engordar... Geralmente ocorre em pessoas (predominantemente mulheres) jovens e de peso normal ou até abaixo.

     Pode ocorrer ainda no transtorno do corpo dismórfico ou “dismorfofobia”, onde a pessoa sente-se “feia” ou portadora de algum “defeito físico” habitualmente inexistente ou irrelevante e que a leva a “corrigir” também via exercício, especialmente se for algo referido como “gordura localizada, celulite” etc. Um “pneu” ou que denomina “pneu” leva a horas de exercícios/dia.

    Com certeza, não é a atitude adequada diante da atividade física e da corrida! Corra com prazer! Saboreie a sensualidade da corrida, a explosão da endorfina e não o milésimo de segundo que a separa do recorde mundial! Corra “com todos os sentidos”. Contemple a paisagem, sinta seu corpo, tateie o solo. A corrida deve baixar a ansiedade e não provocá-la! Correr deve provocar uma sensação de liberdade, de eficiência. Seja carinhosa com você! Que tal colocar sua cabeça, suas emoções e pensamentos a trabalharem a seu favor e não contra?

Dr. Marco Antonio De Tommaso
-  Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
-  Atuou no IPQ HC USP em pesquisa e atendimento
-  Credenciado pela Assoc Bras para Estudo da Obesidade
-  Consultor da Unilever - Dove de 2004 a 2010
-  Articulista da revista Boa Forma “ Divã”
-  Assessoria psicológica para modelos e agências
-  Consultor de psicologia do site www.giselebundchen.com.br


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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

COMIDA NÃO É TERAPIA

  
O alimento vai muito além da nutrição. Comemos por fome, prazer, hábito, disponibilidade , recordação, comemoração, entre outros.

A comida é carregada de simbolismo. Está precocemente associada as nossas vidas, como amor, afeto carinho. Tem enorme significado em nossa história. Aspectos familiares, culturais, pessoais, formatam nossas preferências. O bolo de fubá que minha avó fazia talvez não fosse o “mais saudável”. Não era de farinha integral, não tinha chia ou germe de trigo. Mas... Como era gostoso! Que saudades dela, dos seus papos...

Sim! Comemos afeto e carinho, mas também engolimos tristeza, culpa, ansiedade, raiva, medo, stress, frustrações... O pior é que , em curtíssimo prazo, o alimento alivia essas sensações desagradáveis...Depois, bem...depois vem a culpa e um dos efeitos colaterais mais temidos: ENGORDAR!

Quando comemos para superar sensações desagradáveis, quando o alimento é engolido para resolver problemas e conflitos para os quais não foi feito, tenhamos ou não consciência, o fazemos sem controle, sem respeitar o binômio fome- saciedade, muitas vezes compulsivamente. Se no primeiro momento há alívio, depois...

Se esse tipo de comportamento está presente deverá ser “desmontado”, identificado e tratado se a pessoa quiser efetivamente emagrecer. Se você come para aliviar um estado interno de tensão, conscientemente ou não, inclua a abordagem psicológica em seu projeto de emagrecimento Afinal, COMIDA NÃO É TERAPIA. Talvez você precise de terapia para controlar a comida!



Dr. Marco Antonio De Tommaso
-  Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
-  Atuou no IPQ HC USP em pesquisa e atendimento
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