sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

LINK DAS MATÉRIAS DE MINHA COLUNA NA BOA FORMA


Segue link das últimas matérias de minha coluna "Divã", na revista Boa Forma.

http://www.tommaso.psc.br/site/midias/galeria/      

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

DICAS AO EDUCADOR FÍSICO: QUANDO O EXERCÍCIO PODE SER COMPORTAMENTO COMPENSATÓRIO EM TRANSTORNOS ALIMENTARES>


DICAS AO EDUCADOR FÍSICO: ATIVIDADE FÍSICA COMPULSIVA NOS TRANSTORNOS ALIMENTARES.


A atividade física é fundamental para a saúde, bem estar e qualidade de vida. O sedentarismo é a segunda maior causa de desencadeamento de doenças crônicas, perdendo apenas para o tabagismo e a obesidade.

Porém, a prática saudável de exercícios  pode ser utilizada indevidamente como comportamento compensatório nos transtornos alimentares, o que nem sempre é simples identificar.

Vamos a algumas dicas:

A aluna checa constantemente ao espelho

Toca e apalpa partes do corpo, verificando se está gorda e se houve redução de medidas.

Acha sempre o exercício insuficiente. Pode queixar-se de que “é pouco” e “não emagrece”. Desobedece o educador.

Conta calorias a cada atividade.

Usa técnicas perigosas para perder peso (jejum ou dietas) antes e após o exercício;

Sente-se culpada se não faz exercício ou se falta à academia.

O exercício passa a ser um fim em si mesmo e não um meio. Deixa de fazer coisas importantes para praticá-lo.
Pratica atividade física mesmo cansada.

Se não fizer exercício sente-se sem controle, inclusive na alimentação.

Prefere treinar a divertir-se, estudar ou viver a vida familiar.

Treina mesmo lesionada e esconde o problema do professor.

Fala constantemente em calorias, forma física, dietas.

Faz jejum como forma de perda de peso, antes e depois do exercício.

Seu lema é “mais é melhor”.

Estes e outros comportamentos podem ser indicativos do uso indevido da atividade física e indicar algum transtorno alimentar.

                     Dr. Marco Antonio De Tommaso
-  Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
-  Atuou no IPQ HC USP em pesquisa e atendimento
-  Credenciado pela Assoc Bras para Estudo da Obesidade
-  Consultor da Unilever - Dove de 2004 a 2010
-  Articulista da revista Boa Forma “No Divã”
-  Psicólogo da Agência  L'Equipe de modelos.
-  Consultor de psicologia do site www.giselebundchen.com.br


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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

"DOENÇAS" DA BAIXA AUTOESTIMA 2: "FELICIDADE ANSIOSA"


DOENÇAS DA BAIXA AUTOESTIMA 2: “FELICIDADE ANSIOSA”


Algumas pessoas não se permitem atingir seus objetivos. Não se sentem merecedoras da felicidade. Trabalham duro, são competentes, mas... em determinado momento parece que um sensor interno é acionado e lhes diz:”PERIGO! EMINÊNCIA DE SUCESSO! FAÇA ALGO”! E ela faz! Se auto sabota, comete atos falhos, erra coisas fáceis, complica a própria sorte. Tudo ia bem, mas... Um detalhe de última hora põe tudo a perder. Parece que têm medo de ser feliz. A autoestima prejudicada não lhes deixa ter acesso à felicidade.


                     Dr. Marco Antonio De Tommaso
-  Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
-  Atuou no IPQ HC USP em pesquisa e atendimento
-  Credenciado pela Assoc Bras para Estudo da Obesidade
-  Consultor da Unilever - Dove de 2004 a 2010
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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

DOENÇAS DA BAIXA AUTOESTIMA: SÍNDROME DO IMPOSTOR


"DOENÇAS" DA BAIXA AUTOESTIMA: “SÍNDROME DO IMPOSTOR”


É um nome não técnico que designa a dissonância entre a capacidade real de uma pessoa, como vista pelas outras e de sua própria percepção. Mesmo competentes, inteligentes e produtivas, não se vêem como tal.
Sua baixa autoestima faz com que se sintam como “impostores prestes a serem descobertas”. Diante de um elogio imaginam: “Se soubessem como eu sou, não pensariam isso de mim”. Daí o nome.


                     Dr. Marco Antonio De Tommaso
-  Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
-  Atuou no IPQ HC USP em pesquisa e atendimento
-  Credenciado pela Assoc Bras para Estudo da Obesidade
-  Consultor da Unilever - Dove de 2004 a 2010
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terça-feira, 27 de novembro de 2012

EMAGRECIMENTO E MANUTENÇÃO

O webchat da Nestlé do qual participei já se encontra no youtube





http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=nDa58nX6czc#!     

EXERCÍCIO FÍSICO COMPULSIVO


Exercício físico compulsivo

Atividade física é fundamental para a saúde e o bem estar. Melhora a autoestima. Deve ser praticada com regularidade e segurança, orientada por um especialista após a pessoa ter se submetido à avaliação médica.

A corrida, particularmente, traz enorme bem estar, provoca a secreção de hormônios do prazer, como a endorfina, melhora nosso humor, reduz a ansiedade e é eficaz coadjuvante no tratamento das depressões leves. Promove queima calórica e é importantíssima componente de um programa de emagrecimento, ao lado de nutrição adequada e do equilíbrio psicológico. Além dos aspectos de saúde, beneficia a questão estética.

Por todas essas razões, é fácil exagerar em sua prática! Muitas pessoas, inebriadas com a endorfina, extrapolam em seus treinos. Até aí, normal e vemos isso ocorrer diariamente.

Porem existem aquelas que estão sempre inquietas e ansiosas diante do exercício. Exageram na quantidade e na intensidade, deixam de lado outras áreas de suas vidas para praticá-las, sentem–se culpadas quando, por um motivo de força maior não podem treinar. Temem engordar se perderem um dia e, efetivamente, se vêm engordando. São adeptas do “fazer até doer, se não, não faz efeito”. Mostram-se relutantes aos limites colocados pelo treinador e até as criticas familiares. Não raro, praticam as escondidas. Chegam a tomar antiinflamatórios, para driblar a dor e continuar fazendo. “Mais é melhor”, é o lema. São acometidas frequentemente por lesões.

     Há uma idéia invasiva (vem contra a vontade da pessoa, que não consegue desvencilhar- se dela) de “estar engordando” ou “perdendo a forma” ou de “estar feia”, entre outras. Mais que um prazer e uma necessidade, o exercício entra como uma “urgência” interna, e sua realização reduz provisoriamente a ansiedade provocada pelos pensamentos iniciais. Alivia momentaneamente a culpa por sentir-se engordando. Em alguns casos vem após episódio alimentar em que a pessoa acha que comeu algo que acha que a fará engordar.

     Habitualmente sabem que estão fazendo demais, mas não conseguem deixar de fazê-lo, resistindo à orientação do orientador físico ou das críticas familiares.

     O exercício físico compulsivo pode ser parte integrante dos transtornos alimentares (anorexia e bulimia), onde assume o papel de comportamento compensatório aos ataques de comer ou mesmo provenientes de má avaliação da própria imagem. A anoréxica tem verdadeira “obsessão pela magreza” e a bulímica pavor de engordar... Geralmente ocorre em pessoas (predominantemente mulheres) jovens e de peso normal ou até abaixo.

    
    Com certeza, não é a atitude adequada diante da atividade física e da corrida! Corra com prazer! Saboreie a sensualidade da corrida, a explosão da endorfina e não o milésimo de segundo que a separa do recorde mundial! Corra “com todos os sentidos”. Contemple a paisagem, sinta seu corpo, tateie o solo. A corrida deve baixar a ansiedade e não provocá-la! Correr deve provocar uma sensação de liberdade, de eficiência. Seja carinhosa com você! Que tal colocar sua cabeça, suas emoções e pensamentos a trabalharem a seu favor e não contra?


sábado, 24 de novembro de 2012

Link do video chat "É TEMPO DE DESCOBRIR", da Nestlé, do qual participei em 22/11/2012.



vocs.tv/tempodedescobrir/index.php      

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

EVENTO NESTLÉ: VIDEO CHAT (NET)

Caros amigos,

Ontem participei do evento "É TEMPO DE DESCOBRIR", da NESTLÉ. Segue Link.

http://www.nestle.com.br/tempodedescobrir/batepapo.html 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA NO EMAGRECIMENTO


A psicologia visa identificar quais estímulos, fora a fome, levam a pessoa a comer indevidamente. Ansiedade? Depressão? Stress? Problemas afetivos? Enfim, vai abordar uma série de variáveis que não são objeto da medicina e da nutrição. Como está a imagem corporal? A autoestima? A pessoa tem um ganho secundário permanecendo gorda? Ela quer e não quer emagrecer ao mesmo tempo? Sabe o que fazer, mas não consegue fazer aquilo que sabe que deveria? Se auto sabota? Tem algum transtorno alimentar (compulsão alimentar, transtorno do comer noturno, bulimia?) A obesidade pode ser uma forma indevida de expressar as emoções?


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

PROGRAMA EMAGRECE BRASIL: VÍDEO

ENCONTRO PARA DISCUTIR A OBESIDADE: PROGRAMA EMAGRECE BRASIL





A PERIGOSA MAGREZA DAS MODELOS DO SPFW

A magreza assustadora da maioria das meninas que desfilaram no SP FASHION WEEK me faz perguntar: E AS TAIS CAMPANHAS DA MODA DE PREVENÇÃO À ANOREXIA??

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

sábado, 3 de novembro de 2012

ASPECTOS DE MINHA PARTICIPAÇÃO NO EVENTO DA NESTLÉ

Caros amigos,

Está no Youtube entrevista que concedi mo evento da Nestlé "É TEMPO DE DESCOBRIR".

Segue o link


http://www.youtube.com/watch?v=W-FXBoyQ3qk>

terça-feira, 30 de outubro de 2012

EMAGRECIMENTO E AUTOESTIMA


EMAGRECIMENTO E AUTOESTIMA


     Emagrecimento é muito mais que mais uma dieta, exercícios e medicamentos, necessários, mas não suficientes. Emagrecimento apóia-se num tripé: nutrição, atividade física e equilíbrio psicológico. Eu resumiria o aspecto psicológico em uma palavra: autoestima. Quem quer emagrecer habitualmente rejeita a si mesmo, a seu corpo e precisa redescobrir a autoestima, tão desgastada pela própria situação.

     Preconceito social, discriminação, bombardeio de imagens excessivamente magras divulgadas pela mídia, fazem com que a pessoa que está fora de peso não se sinta “incluída”. Mas, o maior preconceito é aquele voltado contra si mesmo. A depreciação e a negação que faz de si mesmo.

     Quando pensar em emagrecer pergunte-se como você se avalia? O que pensa e sente a seu respeito? Como se comporta consigo próprio? É uma “boa amiga” de si mesma? Ou na maioria das vezes se critica como pessoa, mas não analisa seu comportamento? Coloca sua vida, sua essência num número da balança ou numa medida de fita métrica? Pergunte-se ainda, se quer ser magra ou emagrecer? Você se ama ou se detesta? Separa o amor de si mesma do problema de peso? Sente-se merecedora de seus objetivos?

     O passo mais importante é justamente aquele que falta na maioria das candidatas a emagrecimento: UMA SÓLIDA E SINCERA AMIZADE POR SI MESMA! Aceitar-se incondicionalmente, mas não passivamente. Mudar aquilo que está a seu alcance e conviver com o que não quer ou não pode mudar. Amar-se porque existe e não se tiver manequim 38. Pense no que é bom para você, não para os outros.

     Ame-se mesmo estando gorda e não se rejeite! Invista em mudança de comportamento, de estilo de vida e não em auto-agressões. Seja disciplinada, mas não algoz de si mesma! Analise e não critique. Planeje, mas se angustie inutilmente. Use o erro como oportunidade de aprender algo. Viva o presente! O passado já foi e o máximo que você pode é aprender com ele. O futuro ainda não veio. O TEMPO É HOJE!!                  

                     Dr. Marco Antonio De Tommaso
-  Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
-  Atuou no IPQ HC USP em pesquisa e atendimento
-  Credenciado pela Assoc Bras para Estudo da Obesidade
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-  Articulista da revista Boa Forma “No Divã”
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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

RELEASE DE MINHA PALESTRA NO FEMMINISTA



25
OUT
2012

Beleza e autoestima são temas centrais de palestra na Femminista

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Moda beleza e auto-estima são conceitos bem ligados. Pensando nisso, a próxima palestra no Espaço Femminista, em Moema, São Paulo, traz o psicólogo Marco Antônio de Tommaso, colunista de psicologia e comportamento do site da Gisele Bundchen (www.giselebundchen.com.br) e na revista Boa Forma, consultor da Unilever para o programa Dove pela Autoestima e psicólogo da agência L’Equipe de modelos.
 
A palestra acontece dia 31 de Outubro às 15h30, e após o evento serão sorteados para as participantes “dias de beleza” na Femminista com direito a Hidratação, Escova e Maquiagem.
 
Endereço Femminista: Alameda Jauaperi, 787, Moema. 
 
Para confirmar presença: 11 4119-9932
 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

BELEZA E BIOTIPO


BELEZA E BIOTIPO

Biotipo é a estrutura física de cada um. Ossos, músculos, gordura, sangue, vísceras, pele se distribuem harmoniosamente, via genética e vai determinar se seremos mais leves ou pesados, mais longitudinais ou verticais. É ele que, numa Olimpíada, diferencia quem vai correr os 100 metros ou a maratona.
Isso implica numa adequada relação gordura músculo, num determinado metabolismo, em determinada aparência física. Duas mulheres de 1, 70 m podem ter diferentes composições corporais, o que vai propiciar diferentes aparências estéticas.
Até aí, o obvio! Porém nas últimas décadas, a beleza foi confundida com um único perfil biotipológico: a mulher muito magra, quase andrógina, muitas vezes despida dos caracteres femininos secundários. O tal “padrão” tem sua origem na moda, o maior representante da beleza na cultura ocidental. É divulgado maciçamente pela mídia, reforçado por associações com glamour, luxo, e cenários paradisíacos.
A mulher interioriza essas imagens idealizadas numa autentica lavagem cerebral, como uma “crença única de beleza”, baseada na beleza das modelos em “estado de produção”, mulheres escolhidas a dedo, submetidas a tratamento pré e pós trabalho, inclusive com programas virtuais.
A mulher, que ontem se comparava à menina mais bonita da escola, hoje é cotejada com as mulheres mais bonitas do mundo, devidamente “produzidas!” A super modelo Cindy Crawford declara: “antes de passar duas horas com o cabeleireiro e o maquiador, nem eu pareço com a Cindy Crawford”. E ela não se refere ao photoshop...
Biotipo é imutável. A constituição de cada um deve ser respeitada em termos de saúde e beleza. Uma coisa é tirar o máximo de sua estrutura física valorizando seus diferenciais, outra é tentar contrariar a genética. Uma mulher com curvas terá dificuldade em conseguir uma aparência andrógina. Seria como transformar Don Quixote em Sancho Pança... A mulher pode ser magra e saudável dentro de seu limite genético. Hoje o peso estético (que a mulher deseja) se afasta perigosamente de um peso clínico.
Valorize o que é seu.  A beleza ideal é a sua!   


                     Dr. Marco Antonio De Tommaso
-  Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
-  Atuou no IPQ HC USP em pesquisa e atendimento
-  Credenciado pela Assoc Bras para Estudo da Obesidade
-  Consultor da Unilever - Dove de 2004 a 2010
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-  Assessoria psicológica para modelos e agências
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terça-feira, 23 de outubro de 2012

RESGATE DA AUTOESTIMA


RESGATE DA AUTO-ESTIMA

  • Autoestima é uma sensação íntima. É muito mais do que um “carro novo” ou um “banho de loja”. Procure a autoestima DENTRO de você.
  •  Implica em auto conhecimento. Numa avaliação adequada de si mesmo.Conscientize-se de suas qualidades e de seus defeitos, de seus limites. Reveja suas crenças, valores, do que é importante em sua vida. Avalie o que pode e deve ser mudado. Vá atrás de seus objetivos!
  • Você tem pontos fracos? Não se lamente!  FAÇA! A melhor forma de recuperar a autoestima é fazer algo para superar o que a desagrada. É ter coragem de mudar e assumir a responsabilidade pelas mudanças.
  • Proponha-se metas realistas e viáveis. Conquiste-as passo a passo.
  • Faça o melhor que puder, mas combata a crítica muito rigorosa acerca de si mesmo, o perfeccionismo. Errar faz parte do desenvolvimento, do aprendizado.Você tem defeitos que o incomodam? Assuma-os e lute para mudar o que pode e deve ser mudado, mas não deixe de gostar de você por causa disso. Para alcançarmos nossos objetivos temos que aceitar a possibilidade de erro.
  • Veja o que o erro ou o insucesso pode lhe ensinar. Encare-os COMO OPORTUNIDADE PARA APRENDIZADO e não como prova de fracasso ou incompetência. Erro bem conduzido não é fracasso. Ao contrario, pode ser ponto de partida para o sucesso. Errou? Corrige! Caiu? Levanta!
  • O desempenho melhora a autoestima e a autoestima melhora o desempenho.
  • Cultive seus relacionamentos.
  • Desenvolva comunicação assertiva. Acostume-se a colocar limites, a dizer “não!” Quando necessário sem sentir culpa ou medo de magoar alguém e sem agressividade. Respeite a opinião dos outros e ouça, mesmo que não concorde com ela.
  • Nem sempre é simples resgatar a autoestima. Se não conseguir, procure ajuda psicológica especializada.
Dr. Marco Antonio De Tommaso
-  Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
-  Atuou no IPQ HC USP em pesquisa e atendimento
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domingo, 21 de outubro de 2012

AUTOACEITAÇÃO ESTÉTICA


AUTOACEITAÇÃO ESTÉTICA


A satisfação com o próprio corpo é algo mais complexo do que o espelho mostra. È muito mais a leitura que a mente faz dessa imagem. E a autoestima é fundamental nessa leitura. É ela quem potencializa a beleza, que faz com que ela “renda”! Sem essa condição interna a mulher pode melhorar consideravelmente sua imagem e continuar se sentindo feia ou, no mínimo, não usufruindo os benefícios da mudança. Mesmo admirada pelos outros continuará não se gostando. Continuará temendo a beleza, sem desfrutá-la! Poderá emagrecer ou enrijecer, mas não se satisfará.



                     Dr. Marco Antonio De Tommaso
-  Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

BELEZA PARA TODOS OS BIOTIPOS


BELEZA PARA TODOS OS BIOTIPOS


A cultura ocidental contemporânea convencionou a beleza feminina a um determinado biótipo, excessivamente longilíneo e magro ao qual denominou “padrão” e que têm na moda e na publicidade seus maiores divulgadores via mídia. Modelos, misses e atrizes foram “emagrecidas” para se adaptar a esse “padrão”.

Por si só a termo “padrão” se contradiz. Padrão ou norma é um atributo que 50% das pessoas possam apresentar. A inteligência de Einstein é admirável, mas não é “padrão”. Estatisticamente o biotipo ostentado como belo ocorre em apenas em 1% das mulheres da humanidade, se tanto. Então, o “padrão” não é padrão... Biologicamente, norma ou padrão seria expresso por um IMC entre 19 e 24,5, onde os riscos de doenças são menores. Mas o “padrão” de beleza vai para preocupantes 16 a 17, onde o risco de desnutrição é enorme, salvo exceções genéticas.

O que vemos são mulheres lindíssimas abrindo mão da própria beleza por ambicionarem um tipo de magreza quase patológica, no afã de ostentar um biótipo que não é o seu, correndo riscos de doenças e, no mínimo, piorando sua qualidade de vida, sabotando a própria felicidade.

Por outro lado, à revelia da maior parte da moda, surgem movimentos que valorizam as modelos “plus size” como alternativa. Aqui um cuidado: se colocamos ressalvas em termos de saúde ao padrão anoréxico, que tal o fazermos de “plus size” significar obesidade? Vale como um desabafo da mulher em relação à ditadura da beleza. Mas, será que não podemos estar colocando uma doença para curar a outra? Talvez a rebeldia seja momentânea e de lugar a modelos “saudáveis” efetivamente representativas do gênero feminino e não exceções genéticas.

Uma das características da beleza é a representação através da atratividade física de sinais que indicam saúde e fertilidade. Mas beleza não é só isso! Beleza é um conceito muito mais amplo, potencializado pela simpatia, empatia, comunicabilidade, cultura, por algo muito mais íntimo: a autoestima, a autoconfiança! Não há beleza sem saúde e sem autoestima. A percepção da própria beleza é muito mais ligada à autoestima do que à atratividade física. Beleza é conceito aplicável a todas as idades, raças, etnias, formas e tamanhos, a todos os biótipos.  Em termos de beleza não existem “padrões”. Cada uma tem a sua. É muito mais que cor de olhos ou medida de quadril. Cada mulher deve procurar seus diferenciais, aquilo que a torna única, a sua identidade estética.



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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

terça-feira, 9 de outubro de 2012

IMAGENS DO EVENTO NESTLÉ


Com Thais Araujo






Com o amigo Alfredo Halpern





Com Taciana Luciano , pela Nestlé e Rodrigo Rodrigues, mediador do evento.

À Nestlé meu muito obrigado!

EVENTO NESTLÉ: "É TEMPO DE DESCOBRIR"

Caras amigas,

Segue link do evento "É TEMPO DE DESCOBRIR", promovido pela Nestlé, do qual fui um dos debatedores.

http://www.nestle.com.br/tempodedescobrir/atividade.html

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

EMAGRECE, BRASIL! 26/09/2012


Reunião do "Emagrece, Brasil!" em 26/09 da qual participei com outros especialistas.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

SENTIR-SE BONITA



TEORIA DA BELEZA


III. SENTIR-SE BONITA

       Mais que ser ou estar, vide textos anteriores, o pilar mais importante é o SENTIR-SE bonita.
       Nenhuma beleza resiste à baixa autoestima.
       A sensação interna de autoconfiança é, ao lado da saúde, o grande alicerce da beleza.
       Mulheres mais satisfeitas com a própria beleza baseiam sua avaliação também em outros atributos além da atratividade física: simpatia, comunicação, cultura, sociabilidade. Estão satisfeitas, também, em outras áreas de suas vidas, profissional, pessoal, familiar, afetiva.

      Quando a autoestima está debilitada o sentimento de inferioridade e inadequação provoca a sensação de “feiúra”, quase sempre imaginária.

       Mais importante do que o que o espelho reflete, é como a mente o percebe.

       Identidade estética é um conceito aplicável individualmente. Uma espécie de “impressão digital da beleza”, intransferível, inigualável. É você, com seus diferenciais, com aquilo que é só seu, que a torna única. Como você é se sente, se percebe.

       Beleza nem sempre é sinônimo de atração pessoal. Se não for acompanhada de outros atributos, apaga-se com enorme facilidade.

       Nem sempre beleza trás felicidade, mas felicidade quase sempre trás beleza.



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domingo, 30 de setembro de 2012

ÁS MULHERES


Às mulheres:

A percepção da própria beleza é muito mais ligada a autoestima que atrativos físicos. Existem mulheres que são bonitas, estão bonitas, mas NÃO SE SENTEM BONITAS! Aí a beleza não rende.

Mulheres mais realizadas em outras áreas de suas vidas são mais indulgentes com a própria beleza.

Simpatia, comunicação, simplicidade, autenticidade, espontaneidade potencializam a beleza.


Dr. Marco Antonio De Tommaso
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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

ENTREVISTA REVISTA PSICHÉ Parte 2


Psique

Marco Antônio de Tommaso "é fundamental criar uma identidade estética"
Com ampla experiência no tema autoimagem, o psicoterapeuta Marco Antônio de Tommaso refuta pressões pelo chamado corpo perfeito

Por: Lucas Vasques / Fotos: Arquivo pessoal

Fotos: Arquivo pessoal
De que forma a falta de conceito sobre si mesmo pode atrapalhar a psicoterapia?
Tommaso – Respondo a esse questionamento definindo o objetivo da psicoterapia: é o resgate da autoestima. A fobia social, por exemplo, um dos grandes problemas do mundo moderno, pode ser explicada como sendo a falta de confiança que a pessoa tem sobre si mesma. Pode provocar ansiedade e depressão. A pessoa fica com uma visão distorcida de tudo e acaba se achando inferior em relação aos demais.
Você poderia definir o que é timidez? Ela também tem relação com a autoimagem?
Tommaso – A timidez tem grande relação com a autoestima. Existem, basicamente, algumas variações: a timidez patológica, que é a chamada fobia social, já mencionada. Ela tem como característica o modo antecipado de rejeição. É bem comum, mais específica, e ocorre quando a pessoa sente medo de falar em público, assinar cheques, não faz sinal para os ônibus. Há, ainda, a generalizada, onde a pessoa sente medo de tudo. Em todos os casos, não há confiança em si e, tampouco, autoestima.
Não existe um belezômetro para se medir a beleza. É essencial ter uma autoestima suficiente para mediar os valores que vêm de fora
No caso das modelos, profissionais as quais você tem ampla experiência, quais as questões mais difíceis que já enfrentou em se tratando de autoimagem?
Tommaso – Esse segmento desperta problemas bem sérios. Para se ter uma ideia, desenvolvi uma pesquisa, que envolveu a participação de 140 modelos, com idade máxima de 18 anos. Ao responder uma das questões, todas elas afirmaram que precisam emagrecer três quilos. Outro dado significativo: a nota média para o corpo que cada uma deu foi 6,3. As justificativas foram muitas, como necessidade de se submeter à lipoaspiração, colocação de silicone etc. Isso é muito ruim, pois, na maioria, são meninas lindas. No entanto, sofreram na mocidade, por serem mais altas e magras do que o padrão. Eram chamadas de bambu, perna longa e outros apelidos embaraçosos. Sofriam o que chamam hoje de bullying, que é uma palavra nova para uma situação antiga. Depois, quando chegam à fase adulta, por se adequarem ao perfil exigido, passam por uma transformação, quando as agências as contratam. Mudam o cabelo, roupas e maquiagem. Entretanto, a autoimagem não mudou, o sentimento de inferioridade continua. Elas sofrem por aspectos que ocorreram antes de serem modelos.
Como lidar com a falta de estrutura psíquica das pessoas, No geral, quando elas assumem inúmeros compromissos profissionais muito cedo?
Tommaso – Existem várias atividades que exigem uma mudança de cidade e até de estado quando a pessoa ainda é muito jovem. Dentro desse perfil profissional eu vejo semelhanças entre as carreiras de modelo e jogador de futebol. Em ambos os casos acontece essa alteração radical na vida deles, pois têm de enfrentar muito cedo a luta diária pelo ganha-pão, que não é fácil. Há inúmeras pressões. Veja a trajetória do Neymar. O pai dele exige comprometimento do jogador, apesar da pouca idade, impõe limites e restrições. Ele é quem controla o dinheiro do rapaz, o que representa um bom respaldo da família. Contudo, isso nem sempre acontece, não é a maioria. Por isso, precisam de um suporte psicológico. No caso das modelos, eu procuro fazer um trabalho intenso de prevenção à anorexia e à bulimia. Um exemplo clássico é a Gisele Bundchen. Quando ela chegou para iniciar a carreira, ficou nove meses sem trabalho. Era chamada de magra, nariguda e sardenta. Quase voltou para sua cidade. Contudo, insistiu, confiou em si e mostrou autoestima. Infelizmente, a maior parte não aguenta a pressão e desiste.
Um estudo dos EUA indica que 80% das mulheres que aparecem na televisão estão abaixo do peso, o que reforça a imposição social
Fotos: Arquivo pessoal
O padrão de beleza imposto deixa a pessoa sem autoimagem definida ou com a autoimagem real prejudicada?
Tommaso – Sem dúvida, fica alterada e isso prejudica muito. Um estudo realizado nos Estados Unidos indica que 80% das mulheres que aparecem na televisão estão abaixo do peso, o que reforça a imposição social. Outras 5%, que estão acima do peso, aparecem apenas em situações jocosas e são ridicularizadas. Não existe no Brasil um trabalho nesses moldes, mas tenho convicção de que é por aí também. O que acontece é que, desde cedo, meninas começam a brincar com a Barbie, que tem um perfil corporal inviável. Se fossem seguir as proporções da boneca em uma pessoa real, ela teria 45 centímetros de cintura. Além disso, há os programas infantis, onde as apresentadoras são sempre magérrimas. Em seguida, o interesse recai sobre as bandas de rock, com seus vocalistas sempre magros, e as novelas, com as mocinhas das histórias assumindo esse perfil. O resultado é que se cria uma crença única. Há uma associação precoce entre magreza e beleza.
Visto isso, como n ão ser um escravo da beleza?
Tommaso – Existem três tipos de situação que podem responder essa questão: há o ser bonita, visão biológica; o estar bonita, quando a pessoa se submete aos efeitos de produção e recursos, exercícios e nutrição; e também há o se sentir bonita, que se traduz em uma visão adequada da beleza, uma boa percepção da autoimagem. É fundamental enfatizar o que se tem de bom, pois perfeição não existe. A boa aceitação da pessoa com sua imagem está muito mais relacionada à autoestima do que com a beleza em si.
Quais as ligações entre emagrecimento e autoimagem?
Tommaso – Essas ligações são muitas. As pessoas que têm autoimagem prejudicada sofrem com a personalidade mais machucada. Acontece bastante com quem tem obesidade mórbida. Essa pessoa se submete à cirurgia para emagrecimento. Pela rapidez do resultado, não consegue lidar com isso direito. Em vários casos, ela já emagreceu, mas sente medo de sentar em cadeiras, passar por catracas de ônibus e atividades assim. Isso ocorre porque o corpo emagrece, mas a cabeça não. É o que chamo de gordura imaginária. Para mim, muitas dessas pessoas não se tornam magras. São gordas emagrecidas. A prova é acompanharmos duas mulheres com 60 quilos. Uma sempre foi assim e a outra tinha 90 quilos e emagreceu. Posso dizer que a primeira é magra e a segunda está magra.
Hoje já existe a síndrome de Adônis. Acontece quando o homem é muito forte, mas se vê fraco. É o paralelo da anorexia
Como fortalecer a autoimagem da pessoa?
Tommaso – O fortalecimento da autoimagem passa, fundamentalmente, pela psicoterapia, que é a melhor forma de ajudar no resgate da autoestima. Evidentemente, algumas pessoas conseguem isso de forma natural. Nesses casos não é necessário.
Existe mais de um tipo de autoimagem, como individual e coletiva?
Tommaso – Existe, sim, no sentido cultural. O que determina isso é como a pessoa interpreta essa situação. Há casos em que mulheres sofrem muito com essas pressões. Outras ficam apenas um pouco incomodadas.
No geral, as pessoas não estão satisfeitas com a autoimagem?
Tommaso – Definitivamente, não.
Fotos: Arquivo pessoal
Os problemas com a autoimagem são ‘privilégio’ da juventude ou podem surgir em qualquer idade? Esses problemas aumentam na medida em que a pessoa sente dificuldades em envelhecer?
Tommaso – A pressão maior, sem dúvida, acontece na juventude. Contudo, na fase de envelhecimento também ocorre, mas se trata de outro tipo de pressão. Homens e mulheres que sentem dificuldades em envelhecer, usando roupas e hábitos inadequados, também passam por isso. Esses homens e mulheres não têm autoestima satisfatória.
Apenas quem tem baixa estima pode ter problemas com a autoimagem ou isso pode acontecer com quem tem autoestima elevada também?
Tommaso – Devemos ter em mente que a autoestima não é uma vacina, que deixa as pessoas imunes. Entretanto, um amigo meu diz sempre que funciona como o sistema imunológico. Ela pode sofrer, mas tem resistência a isso. Acaba se recuperando mais rápido. Além disso, sai mais fortalecida desse processo para filtrar as pressões culturais. Adquire mais condições.
Essa relação psíquica com a autoimagem difere de cultura para cultura? Há países que aceitam padrões de beleza diferentes dos impostos no Ocidente. Para os orientais, por exemplo, há diferenciação de autoimagem, mesmo para os que são brasileiros?
Tommaso – Essa conduta é um movimento extremamente ocidental. Mas, em alguns lugares do Oriente, como o Japão, há um fenômeno acentuado de ocidentalização. As mulheres de lá chegam a fazer cirurgia para abrir os olhos, usam cabelos loiros. Ou seja, acabam abrindo mão de suas características. Para se ter uma ideia, as tinturas de coloração loira oferecem mais de 500 tonalidades diferentes. Outro fato significativo que posso citar é que as transmissões de televisão surgiram, nas Ilhas Fiji, em 1995. Ana Baier, uma pesquisadora da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, desenvolveu um estudo que mostrou que três anos depois disso, 80% das mulheres faziam dieta e 1/8 tinha bulimia. Explica-se pela chegada do movimento ocidental.
Há diferenças de gêneros? Homens e mulheres têm efeitos e tratamentos iguais ou diferentes para essas questões?
Tommaso – O tratamento dado pela sociedade é bem diferente. O homem pode ser um pouco barrigudo. No universo masculino essa pressão é menor, mas existe. Agora, daqui a 30 anos não sei quais serão as exigências. No geral, a mulher quer emagrecer na academia e o homem quer ficar mais forte. Todavia, o quadro tende a mudar, pois hoje já existe a síndrome de Adônis. Acontece quando o homem é muito forte, mas se vê fraco. É o paralelo da anorexia. Então, o sujeito se mata na academia, chega, inclusive, a ingerir substâncias. Esse fato mostra claramente que essa situação começa a crescer entre os homens.

Lucas Vasques é jornalista, colaborador desta publicação


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ENTREVISTA REVISTA PSICHÉ (PSICOLOGIA) Parte 1


Psique
Marco Antônio de Tommaso "é fundamental criar uma identidade estética"
Com ampla experiência no tema autoimagem, o psicoterapeuta Marco Antônio de Tommaso refuta pressões pelo chamado corpo perfeito

Por: Lucas Vasques / Fotos: Arquivo pessoal

Fotos: Arquivo pessoal
Um dos mistérios mais evidentes na mente humana é como as pessoas se enxergam. É possível definir se a imagem corporal que elas formam corresponde à realidade ou é fruto de fatores e experiências pessoais, além de pressões culturais? Quem pensa que essas dúvidas são prerrogativas, somente, das modelos profissionais e de outros profissionais que lidam com a beleza em suas atividades, está equivocado. Todas as pessoas estão sujeitas a questionamentos dessa natureza. Marco Antônio de Tommaso, psicólogo e psicoterapeuta, faz questão de ressaltar que a imagem estética propagada pela mídia, pela moda e pela publicidade pertence a uma parcela da população que vai de meio a 1% das pessoas em todo o mundo. “As magras são exceções genéticas”, resume.
O psicólogo salienta que se for considerado o aspecto biológico, o padrão corresponderia a um Índice de Massa Corporal (IMC) de 18,5 a 24,5, considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a faixa em que há menor risco para doenças. O biótipo de uma modelo ou de quem cumpre a meta de chegar a esse patamar, por exemplo, implica num IMC de 16,5 a 17,0, ou ainda menos. Segundo Tommaso, se essa pessoa não for autenticamente assim, será classificada como subnutrida. Por isso, a situação deve ser tratada com muita cautela. “Em vista desse quadro, o padrão não é padrão. Todos devem procurar a beleza nas diferenças, não na igualdade. É preciso desenvolver uma identidade estética, sem se preocupar em seguir regras. Beleza é muito mais do que medida de quadril, cintura e cor dos olhos. Está indissociada de saúde e de autoestima. Portanto, em matéria de beleza não existe ‘mais que’, mas o ‘diferente de’”, avalia.
Tommaso atuou em pesquisa e atendimento no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, da USP. É credenciado pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade, além de ser psicólogo da Agência L´Equipe de modelos. Também se especializou em transtornos alimentares e acompanhamento psicológico em programas de emagrecimento. Colunista de Psicologia do site www.giselebundchen.com.br.
Como analisa a questão da autoimagem? como lidar com os padrões de beleza impostos pelo mercado e pela mídia?
Marco Antônio de Tommaso – Primeiramente, é bom destacar que a autoimagem é um componente da autoestima. É a imagem corporal que cada pessoa faz dela mesma. Trata-se de uma espécie de representação mental do corpo. Ela sempre vem acompanhada de emoções, sentimentos e é, fundamentalmente, influenciada por experiências pessoais vividas, pela forma de criação, pela educação recebida e, também, por inúmeros padrões culturais. A imagem estética propagada pela mídia, pela moda e pela publicidade pertence a uma parcela da população que vai de meio a 1% das pessoas em todo o mundo. É importante esclarecer que as magras são exceções genéticas. A mídia, a moda e a publicidade induzem a seguir essa imagem estética. A revolução da mulher nos anos 70 foi ótima, trouxe inúmeros benefícios, mas, em contrapartida, a deixou refém do próprio corpo. Existem casos de mulheres que são geneticamente dessa forma, magras, mas não são subnutridas. Mesmo assim, todas estão insatisfeitas com o corpo. Elas criam uma imagem cultural distorcida da realidade. As que fazem parte da maioria não integram o padrão. Outro aspecto a ser destacado é que a beleza é totalmente subjetiva. Para se definir se uma é mais bonita do que a outra é necessário emitir opinião. Não é o caso de ser mais ou menos, melhor ou pior. Há diferenças, que não são exatas e não se pode comprovar. Por exemplo, o elefante é maior do que a tartaruga. Isso é fato, basta olhar. Agora, não existe um belezômetro para se medir a beleza das pessoas. Por isso, é essencial ter uma autoestima suficiente para mediar os valores que vêm de fora. É fundamental criar uma identidade estética.
A revolução da mulher nos anos 70 foi ótima, trouxe inúmeros benefícios, mas, em contrapartida, a deixou refém do próprio corpo
Quais os mecanismos que prejudicam a autoimagem, a ponto de se chegar a sofrer com doenças como anorexia ou bulimia?
Tommaso – É preciso perguntar o que é causa ou efeito. Essa definição ainda não se sabe. A busca indiscriminada pelo corpo ideal pode levar a esse tipo de consequências. Fatores psicológicos, culturais e familiares contribuem muito para se chegar a essa situação de transtornos alimentares. A mulher, na maioria dos casos, pode ter 28 quilos e se ver obesa. Essa tendência existe desde antes da Idade Média, quando as mulheres faziam jejum para se santificar. Há alguns anos, uma modelo famosa morreu e fizeram várias campanhas no sentido de se acabar com a exigência do mercado de se ter o corpo magro e dito perfeito. Passada a efervescência do fato, diminuíram de 90 para 88 o limite do quadril para as modelos. Ou seja, nada adiantou. A verdade é que cada um tem um biótipo. A reconhecida modelo internacional Cindy Crawford tinha uma frase bem interessante sobre essa questão: “Antes de passar duas horas no maquiador e no cabeleireiro nem eu sou Cindy Crawford”.
Fotos: Arquivo pessoal
O que ocorre na cabeça das pessoas para que elas deixem chegar ao extremo de ser acometidas por doenças desse tipo, como bulimia ou anorexia?
Tommaso – Essas pessoas não sabem lidar com a pressão cultural que sofrem no dia a dia. Posso citar outro exemplo: uma mulher começa uma dieta inofensiva, até mesmo orientada pelo médico. Daquelas para perder apenas alguns quilos. Aos poucos, devido à exigência externa, vai diminuindo sua alimentação, tirando proteínas, carboidratos até chegar ao jejum. Nesse estágio ela passa a falar e pensar somente sobre esse assunto, ou seja, forma física. Tudo o que ela passa a fazer tem relação com o tema. É um processo que vai aumentando em intensidade até trazer consequências sérias.
Como as pessoas podem se blindar desse problema para n ão chegar à doença?
Tommaso – A pessoa consegue se blindar desses fatores fazendo uma filtragem de autoestima. Afinal, essa magreza não é o verdadeiro padrão. Aliás, essa palavra é utilizada, na maioria das vezes, de forma errada. Padrão é o que se usa para medir características da maioria. E essa imagem corporal, definitivamente, não faz parte da maioria. As pessoas precisam entender que todos os corpos têm limites. Nenhum é infinitamente maleável, que pode sofrer transformações radicais a toda hora.
De que forma as diversas correntes da psicologia tratam os transtornos ligados à autoimagem?
Tommaso – Todas as correntes da Psicologia têm grande preocupação com esse fato e suas consequências. Afinal, a mente das pessoas passa por uma série de alterações quando isso acontece. Portanto, nunca é demais ressaltar que é fundamental fortalecer a autoestima para tudo na vida, para negociar um pagamento, para iniciar num trabalho, para paquerar. As pessoas precisam confiar nelas próprias. Todas as escolas da Psicologia lidam bem com isso, para ajudar as pessoas.
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