“Mas...eu preciso perder pouco peso”
Vamos diferenciar uma mulher
obesa ou com sobrepeso daquela que, mesmo clinicamente normal, “precisa” perder
alguns quilos. Não adianta negar o fator estético e dizer-lhe apenas “seu IMC é
normal. Você não faz parte do grupo de risco”, se essa mulher estiver em
conflito com seu espelho. Para muitas, pode ser o convite a praticarem toda uma
gama de condutas perigosas ou caírem na mão de charlatões. É só lembrarmos que,
no Brasil, 90-95 % das consumidoras de medicamentos moderadores de apetite são
pessoas que querem perder peso por razões estéticas...E que dificilmente uma
mulher de 1,70m que pese 66 kg, por exemplo, aceitaria esse peso como “normal”
, mesmo sabendo que o IMC correspondente seria aproximadamente 23.
Leve em consideração que :
·
Você
não é uma mulher obesa ou com sobrepeso. È clinicamente normal e quer perder
algum peso (leia-se gordura) por razões estéticas. Não há beleza sem saúde !!
·
Não
supervalorize o que o emagrecimento pode fazer por você. Não imagine que
problemas emocionais sejam “curados” , que o “homem de sua vida” correrá atrás
de você ou que o Bill Gates lhe proponha sociedade...Tudo continuará como
antes. Você apenas estará mais leve...Não crie falsas expectativas de beleza ou
sucesso via emagrecimento.
·
Busque
objetivo viável. Ser TOP Model ou Atleta olímpica é uma condição de
exceção e não regra geral e muito menos garantia de felicidade.
·
Não tome medicamentos sem prescrição médica.
·
Você
precisará de orientação nutricional para perder esses quilinhos. Não pense que
“é só deixar de almoçar”, pular o café da manhã, deixar de comer carboidratos
ou só comer carboidratos...Cuidado ! O tiro pode sair pela culatra !
·
Lembre-se
que quanto menos você pesar, mais difícil será a manutenção.
·
Faça exercícios físicos ! Cultive o prazer no exercício. Descubra atividades
que lhe dão prazer e faça delas uma rotina. O melhor exercício é aquele que,
mesmo estando cansada hoje, tenha vontade de fazer amanhã.Aumente a atividade física
informal, aquela que você faz na sua rotina diária. Ande a pé, suba escadas.
·
Não faça do emagrecimento uma obsessão! Continue sua
vida.
·
Não
tente perder tudo de hoje para amanhã. Desconfie deste tipo de promessa, venha
de quem vier. A industria do emagrecimento mobiliza bilhões de dólares.
Lembre-se que quanto menos gordura tem no corpo mais lenta é a perda.
·
Emagrecer,
mesmo pouco, envolve mudança de
comportamento, sem o que você apenas muda PROVISORIAMENTE DE PESO, PERDE ALGUM
PESO POR ALGUM TEMPO. Depois...volta e vira yo yo ... Emagrecer é mudar estilo
de vida e NÃO APENAS PESO. Mudar estilo de vida é mudar hábitos. Mudar hábitos
é automatizar novos comportamentos que só tornar-se-ão habituais SE FOREM
PRAZEIROSOS! CULTIVE O PRAZER!
·
A ansiedade pode levá-la a comer mais e
conseqüentemente engordar. Se você usa a comida , mesmo sem perceber, para
baixar a ansiedade, QUANDO DIMINUI O ALIMENTO E, PELO MENOS QUANTITATIVAMENTE
TERÁ QUE FAZÊ-LO, A ANSIEDADE VOLTA, COMO NUM REBOTE. Aí vem aquele tipo de
“nervosismo” que leva de volta à comida ! Por paradoxal que pareça ! Como
também parece paradoxal algumas pessoas engordarem justamente quando se propõe
a emagrecer.
·
Se a ansiedade estiver presente e não for
identificada e tratada LEVARÁ DE VOLTA À COMIDA, inviabilizando seus mais
sinceros propósitos de emagrecimento..
·
SE VOCÊ SABE O QUE FAZER MAS NÃO COSEGUE FAZER
AQUILO QUE DEVERIA, SE HÁ UMA ESPÉCIE DE AUTO SABOTAGEM EM SEUS PROGRAMAS DE
EMAGRECIMENTO, SE COME NÃO POR FOME MAS POR QUALQUER OUTRO FATOR QUE NÃO CONSEGUE
CONTROLATR, INCLUA PSICOTERAPIA EM SEU PROGRAMA !
Dr. Marco Antonio De Tommaso
·
Psicólogo e
psicoterapeuta pela Universidade de São
Paulo
·
Atuou no
IPQ do HC USP em pesquisa e atendimento
·
Credenciado
pela Assoc Brás para Estudo da Obesidade
·
Consultor
da Unilever – Dove de 2004 a
2010
·
Articulista
da Revista Boa Forma “No Divã”
·
Consultor
de psicologia do site www.giselebundchen.com.br
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