sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

O COMPROMETIMENTO NA PSICOTERAPIA DO EMAGRECIMENTO

PSICOTERAPIA NO EMAGRECIMENTO: O COMPROMETIMENTO


Atribui-se a Isac Marks, psiquiatra inglês, famosa frase referindo-se ao papel do cliente na psicoterapia: “ou trabalha, trabalha, trabalha, ou sofre, sofre, sofre”. Com isso querendo dizer que o processo psicoterápico implica em participação ativa.

Em se tratando de emagrecimento esse aspecto é ainda mais relevante. Há muitas vezes uma expectativa mágica, por parte do cliente, que a terapia em si o emagrecerá.

A psicoterapia é um processo ativo. Terapeuta e cliente trabalham em parceria, tendo um objetivo comum: o bem estar do cliente. Nem sempre é fácil submeter-se a esse trabalho. Dificuldades deverão ser enfrentadas, resistências, obstáculos. É primordial perseverança, tolerância à frustração.

O cliente típico de emagrecimento passou por diversas experiências frustrantes. Muitas dietas, longo histórico de tentativas de emagrecimento, ansiedade, pressão social, baixa auto-estima, sentimentos de inferioridade e, em muitos casos, compulsão alimentar. Poderá ter tido toda uma vida de situações que evitou devido a seu peso. Além da rejeição social, poderá ter enfrentando a pior delas: a rejeição por si mesmo.

Ao procurar ajuda psicológica, poderá fazê-lo com expectativas mágicas. O terapeuta o fará emagrecer. Conseqüentemente, sua atitude poderá ser passiva e isso levá-lo a se decepcionar.

Então, ao submeter-se à psicoterapia, pense nisso: sua atitude determinará o sucesso de seu tratamento. Isso exige empenho, disponibilidade para enfrentar as condições adversas que o acompanham e modificar comportamentos que o levarão a adotar estilo de vida magro. Psicoterapia não é um processo de resultados imediatos, “para ontem”. Muitas vezes implica em reestruturar toda a personalidade. No caso do emagrecimento objetivo é emagrecer e permanecer magra para o resto da vida. Não é fazer mais uma dieta por algum tempo. Implica em identificar as razões, fora a fome, que levam a pessoa a se exceder na comida. São comportamentos “automáticos”? Forma indireta de gratificação? A comida atua diminuindo a ansiedade e a depressão? Existem outros problemas emocionais associados? Causa ou efeito? No fundo, a pessoa quer mesmo emagrecer? Será que tem algum benefício inconsciente permanecendo gorda? A comida é um prazer que está no lugar de outros? A auto-imagem, como está? Quase sempre para mudar e manter o novo peso precisamos mudar a nossa imagem corporal, tanto mais debilitada quanto mais antigo for o histórico de obesidade/sobrepeso. Há a necessidade de promover a ressocialização do ex gordo. E a manutenção? O novo magro não é magro! ESTÁ MAGRO se e enquanto se mantiver psicológica e nutricional mente magro!

Marks tem razão! Ou trabalha, trabalha, trabalha, ou sofre, sofre, sofre! Mas, vale a pena!

Dr. Marco Antonio De Tommaso
- Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
- Atuou no IPQ HC USP em pesquisa e atendimento
- Credenciado pela Assoc Bras para Estudo da Obesidade
- Consultor da Unilever - Dove na Campanha pela Real Beleza
- Psicólogo das Agências Elite e L'Equipe de modelos.


11 - 3887 9738 www.tommaso.psc.br tommaso@terra.com.br
http://tommasopsicologia.blogspot.com/


Rua Bento de Andrade, 121 Jardim Paulista São Paulo

Um comentário:

Ultrapassando-limites disse...

Pois é, muito trabalho! e disciplina... preciso construir melhor tudo isso. abs,Fatima