sexta-feira, 21 de junho de 2013

AQUISIÇÃO DA AUTOESTIMA

AUTOESTIMA : AQUISIÇÃO

     Autoestima é a maneira pela qual uma pessoa se sente em relação a si mesma.  O que pensa e como se comporta consigo própria. O quanto se quer bem.

     Influencia tudo o que fazemos. É ingrediente primordial do sucesso e da saúde mental. A partir dela construímos nossas referências, desenvolvemos ou não nossos atributos.

     É adquirida por aprendizagem. Pela interiorização de nossa educação. A criança aprende desde cedo a se ver como pessoas importantes em sua vida a vêm. O ingrediente básico é o amor e aceitação incondicionais dos pais. “Incondicional” não quer dizer “passivo”. Significa que a criança deve ser (e perceber que é) amada porque existe e não porque é boa aluna, atleta ou bonita.

     A autoestima se desenvolve desde a concepção. Crianças que nascem em lar harmonioso, onde os pais se querem bem e tem confiança em si, já garantem uma vantagem.

    Logo após o nascimento a criança colhe e registra impressões não verbais de amor e carinho, via contato físico, através dos sentidos. Antes das palavras, o sensível radar infantil registra impressões generalizadas sobre si mesma. Sente se é carregada com carinho, se sua fome é respeitada, o toque, movimentos corporais, expressões faciais, tom de voz.

     Muito sensível ao estado emocional da mãe, estabelece comunicação não verbal com ela. Sem compreender o sentido das palavras, sente (ou não!) sua receptividade afetiva. As primeiras experiências ensinam ao bebe se ele merece ou não atenção. Os primeiros contatos com a mãe lançam as bases para a construção sua auto-estima, para todas as relações de sua vida criando os alicerces de uma visão positiva de si mesma.

     Por volta dos dois anos ocorre a aquisição do comportamento verbal. A criança adquiriu a linguagem e se comunica através dela. Os pais e especialmente a mãe são vistos como “infalíveis”. O que dizem “é o que ele é” e a criança não questiona a mensagem. Se disserem que ela “é má” então é verdade! “O que dizem é o que eu sou”.

     O amor incondicional dos pais levará a aceitação incondicional, inclusive de suas fraquezas, e também à educação adequada. Aceitar o que não pode ser mudado, empenhar-se em melhorar aquilo que pode. Reconhecer os dois casos. Educar colocando limites, que significam segurança. Atentar para o princípio de realidade: “o que pode, pode! O que não pode, não pode!” Aceitar o erro, mas empenhar-se em corrigi-lo sem identificar a criança com ele. Considerar o erro como algo externo a ela e como oportunidade de aprendizado. Fazer “com ela” mas não “por ela”. Superprotegê-la é tirar-lhe a chance de adquirir anticorpos para a vida. Fazê-la ver que perfeição não existe, que todos erramos, embora procuremos fazer sempre o melhor.

     Finalmente, lembremo-nos que os pais são modelos de comportamento para os filhos. Ações valem mais do que palavras.”Faça o que eu digo E o que EU FAÇO, senão o que eu disser não terá validade”.  Para “lecionar” amor e aceitação é preciso que nos queiramos bem e nos aceitemos. Que sejamos “nosso melhor amigo”e nos sintamos merecedores da felicidade. A auto-aceitação dos filhos é diretamente proporcional à auto-aceitação dos pais.



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