sexta-feira, 19 de setembro de 2025

O que é repressão e recalque? Entenda a diferença fundamental.


O que é repressão e recalque? Entenda a diferença fundamental

No dia a dia, é comum usarmos a palavra repressão para falar sobre o esforço consciente de controlar um sentimento, um desejo ou uma reação. Por exemplo, quando você "reprime" a vontade de responder de forma agressiva a uma provocação. Nesse caso, você está usando sua consciência para impor um limite e evitar um comportamento. É um ato voluntário, um controle que você exerce.

Já o recalque é um processo muito diferente. Ele opera no nível do inconsciente, sem que a pessoa perceba. É um mecanismo de defesa automático da psique para manter fora da consciência ideias ou desejos considerados inaceitáveis. O recalque não elimina o afeto ou a energia ligados a esses pensamentos; ele apenas os expulsa da consciência, mas a força deles continua agindo, buscando outras formas de se manifestar. É por isso que o recalque pode dar origem a sintomas, sonhos ou atos falhos — pois o que foi "escondido" no inconsciente encontra um jeito de reaparecer, ainda que disfarçado.

Em resumo, a diferença crucial está na consciência:

  • Repressão é um ato consciente, de controle voluntário.

  • Recalque é um processo inconsciente, que age automaticamente.

terça-feira, 16 de setembro de 2025

O efeito da Terapia de Exposição no Controleda Ansiedade

  



O Efeito da Exposição no Controle da Ansiedade 

Essa imagem ilustra de forma didática um conceito fundamental no tratamento da ansiedade, especialmente para o pânico e a agorafobia: a terapia de exposição.

O que a imagem nos mostra:

A linha vermelha representa a ansiedade inicial. Quando você se expõe a algo que teme pela primeira vez, a ansiedade dispara e atinge um pico muito alto. É desconfortável, assustador, e dá vontade de fugir.

A linha laranja e, principalmente, a linha verde (representando a exposição repetida e com o tempo) mostram o que acontece quando você permanece na situação temida, mesmo com a ansiedade.

  • Nas primeiras repetições: A ansiedade ainda aparece, mas já é menor do que na primeira vez. Seu cérebro começa a perceber que o "alarme" disparou, mas nada de catastrófico aconteceu.
  • Com o tempo e a prática: A linha verde mostra que a ansiedade diminui significativamente. Seu cérebro, por meio da experiência prática, aprende que aquilo não é uma ameaça real e que você é capaz de lidar com a situação.

Terapia de Exposição para Pânico e Agorafobia:

Essa terapia consiste em enfrentar gradualmente as situações, sensações ou pensamentos que disparam o pânico e o medo, de forma segura e planejada.

  • Exposição a Sensações Físicas: Por exemplo, fazer exercícios que simulem os sintomas físicos do pânico (como girar em uma cadeira para sentir tontura, hiperventilar um pouco para sentir falta de ar) para provar ao cérebro que essas sensações são apenas ansiedade e não perigosas.
  • Exposição a Lugares/Situações: Ir a lugares que geram medo (supermercados, transporte público, locais com muitas pessoas), começando pelos mais fáceis e avançando progressivamente.

Por que funciona?

Porque o cérebro aprende pela prática. Ele deixa de associar a situação com perigo e passa a associá-la com segurança e com a sua capacidade de lidar com ela. A exposição interrompe o ciclo vicioso do medo e da evitação.

Resumindo:

Imagine que seu cérebro é um computador com um programa de "alerta máximo" ativado sem necessidade. A terapia de exposição é como um download de novas informações para esse computador.

A cada vez que você se expõe a algo que teme, e percebe que não aconteceu nada terrível, você está ensinando ao seu cérebro, de forma prática: "Este lugar não é perigoso. Essas sensações são apenas ansiedade passageira. Eu consigo lidar com isso."

A ansiedade pode subir no começo (a linha vermelha), mas com persistência e orientação, ela diminui (a linha verde). É um processo de reeducação do cérebro, mostrando a ele que você está seguro.

Venha conhecer o tratamento da Síndrome do Pânico e da Agorafobia.

Envie mensagem para 11 97255 1945. Terei prazer em discutir seu caso e orientá-la (o).

 

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Alerta da OMS!! Saúde Mental!

 A notícia recente da OMS ressalta um cenário alarmante: mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo convivem com algum tipo de transtorno mental, como ansiedade e depressão. Esse quadro não afeta apenas a qualidade de vida dos indivíduos, mas também gera impactos econômicos significativos para as sociedades. Dentro desse contexto, a psicoterapia emerge como uma ferramenta imprescindível para enfrentar os desafios da saúde mental na atualidade.


Na prática psicológica, a psicoterapia oferece um espaço seguro e acolhedor para que os indivíduos explorem suas emoções, compreendam suas dificuldades e desenvolvam estratégias para lidar com os desafios do cotidiano. Ao proporcionar um ambiente de escuta ativa e empatia, a psicoterapia permite a identificação das raízes dos transtornos mentais, contribuindo para mudanças positivas na forma como a pessoa se relaciona consigo mesma e com o mundo.


Além disso, a abordagem terapêutica desempenha um papel crucial na prevenção e tratamento de condições como ansiedade e depressão, que se tornaram a segunda maior causa de incapacidade a longo prazo, prejudicando a qualidade de vida das pessoas e comprometendo o desenvolvimento social e econômico das nações. A transformação dos serviços de saúde mental, conforme alertado pela OMS, passa necessariamente pela ampliação dos investimentos em políticas públicas de saúde mental, mas também pela valorização e integração da psicoterapia no sistema de cuidados.


Portanto, a psicoterapia não apenas contribui para a melhoria dos sintomas e da qualidade de vida dos pacientes, como também atua de forma preventiva, fortalecendo a resiliência emocional e promovendo bem-estar individual e coletivo. Em tempos de crise e incertezas, investir em saúde mental é, antes de qualquer outro gasto, um investimento em pessoas e em um futuro mais saudável e sustentável para nossas comunidades.


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terça-feira, 2 de setembro de 2025

Mitos e Verdades sobre o Suicídio

 1.       Mito: Quem ameaça suicídio só quer chamar a atenção. Verdade: Na maioria das vezes, essa é uma forma de expressar um sofrimento insuportável e pedir ajuda. Leve a sério.

2.       Mito: Falar sobre suicídio aumenta os riscos. Verdade: Falar sobre o assunto com empatia e sem julgamento diminui o risco, pois oferece uma oportunidade para a pessoa se abrir e buscar ajuda.

3.       Mito: Suicidas têm intenção absoluta de morrer. Verdade: A maioria das pessoas ambivalente entre viver e morrer. Elas querem acabar com a dor, não com a vida.

4.       Mito: O suicídio é uma decisão individual. Verdade: O suicídio não é uma escolha de "livre-arbítrio", mas a consequência de um sofrimento psíquico intenso, frequentemente ligado a doenças mentais.

5.       Mito: Melhoras após a crise significam que o risco acabou. Verdade: Este é um período de alto risco, pois a pessoa pode ter reunido energia para planejar e executar o ato. A atenção deve ser redobrada.

6.       Mito: A pessoa que já pensou em suicidar-se terá risco o resto da vida. Verdade: Com o tratamento adequado, a pessoa pode superar a crise e viver uma vida plena e feliz.

7.       Mito: Crianças não cometem suicídio. Verdade: Infelizmente, crianças também podem ter ideações e tentativas. É crucial estar atento a mudanças de comportamento.

8.       Mito: Ideias de morte são "coisa" de jovens. Verdade: Idosos, especialmente aqueles que sofrem de solidão e doenças crônicas, também são um grupo de alto risco.

9.       Mito: Quem quer se suicidar não fala. Verdade: A maioria das pessoas que tentam suicídio dão sinais claros, seja verbalmente ou por meio de comportamentos.

10.  Mito: Indivíduos que tentam suicídio sempre têm uma perturbação mental. Verdade: Embora muitos casos estejam ligados a transtornos mentais, o sofrimento que leva ao suicídio pode ser resultado de outros fatores, como traumas e crises existenciais.

Lembre-se: o conhecimento é a nossa melhor ferramenta para prevenção. Se você ou alguém que você conhece precisa de ajuda, procure um profissional de saúde mental. A vida é sua prioridade.