quinta-feira, 2 de agosto de 2012

STRESS E EMAGRECIMENTO


STRESS E EMAGRECIMENTO – JUNTANDO A FOME E A VONTADE DE COMER

     Stress é uma alteração momentânea do equilíbrio do organismo para fazer frente a mudanças, pressões, tensões ou situações novas que nosso cérebro avalie como ameaçadora, independentemente de nossa vontade. Pressões de todos os tipos nos impelem a enormes necessidades de mudanças, atualizações, adaptações sem as quais não haveria progresso e isto se faz superando situações novas.

      A reação de stress consiste numa série de alterações físicas e psicológicas decorrentes do aumento da produção de adrenalina, nor adrenalina e cortisol pela supra-renal, visando deixar-nos atentos, em prontidão, num estado de máxima força e energia, para lutar ou fugir, como o faziam nossos antepassados diante de predadores. Visto por este prisma, o stress é ótimo instrumento para superação de problemas de curtíssimo prazo, findo os quais o organismo deve restabelecer seu equilíbrio, o que nem sempre acontece.

      Preocupações, trânsito caótico, medo do desemprego, problemas pessoais, de trabalho, de relacionamento, fiscalizações, auditorias, “engolir sapos”, mau humor do chefe, tem o mesmo mecanismo de nossos ancestrais quando lutavam ou fugiam de seus mamutes. Porém nossos “mamutes” não se resolvem por luta ou fuga... A adrenalina que eles “punham para fora” fica contida no nosso tempo...Prolongado o estado de alerta e prontidão, o stress, que não é doença, pode tornar-se o estopim para.

      Entre as reações bioquímicas ao stress estão as que visam fornecer o máximo de força e energia para luta ou fuga, com aumento da demanda de glicose para os músculos. Há aumento da produção do cortisol (que estimulará o centro da fome no hipotálamo) e de insulina (que metabolizará a glicose enviando-a para os músculos) e que irão aumentar a fome. Para piorar as coisas, haverá diminuição dos níveis de serotonina no cérebro (um neuro transmissor que, entre outras funções, acumula a de controle da saciedade). Daí para o prato ou para a geladeira é um pulo... Doces, bolos chocolates etc...

      Tudo converge para a produção de uma energia que não será utilizada.
      Além disso, o alimento reduz a ansiedade e os estados depressivos em curtíssimo prazo, reforçando o hábito de comer para aliviar o desconforto em resposta à tensão.

      JUNTAMOS A FOME COM A VONTADE DE COMER!  Comemos por razões físicas (fome via cortisol, insulina, serotonina) e psicológicas (comida para baixar a ansiedade) e, é claro, engordamos...
     
     Em “Stress e Emagrecimento (2)” veremos como o próprio programa de emagrecimento poderá ser estressante e o “tiro sair pela culatra...”


Dr. Marco Antonio De Tommaso
-  Psicólogo e psicoterapeuta pela Universidade de São Paulo
-  Atuou no IPQ HC USP em pesquisa e atendimento
-  Credenciado pela Assoc Bras para Estudo da Obesidade
-  Consultor da Unilever - Dove de 2004 a 2010
-  Articulista da revista Boa Forma “No Divã”
-  Psicólogo da Agência  L'Equipe de modelos.
-  Consultor de psicologia do site www.giselebundchen.com.br


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