A Busca por
Controle Através das Superstições e das Previsões: Como Isso Aumenta a
Ansiedade e o Sofrimento Emocional
Você sente que precisa de garantias sobre o futuro? Vive
dependendo de sinais, superstições, horóscopos ou até cartomantes para tomar
decisões? A ansiedade pode estar controlando a sua vida mais do que você
imagina.
Este artigo é para você que busca entender:
Porque tanta gente recorre a previsões, oráculos e
superstições;
Como isso está diretamente relacionado à ansiedade e ao
sofrimento emocional;
E, sobretudo, como é possível se libertar desse ciclo e
retomar o controle real da sua vida.
Por que buscamos previsões, superstições e sinais?
Quando a vida parece incerta — seja no amor, na saúde, no
trabalho ou nas finanças —, nosso cérebro, naturalmente, tenta encontrar formas
de reduzir a angústia e a ansiedade.
É aí que entram as superstições, os rituais, as consultas a
cartomantes, videntes, mapas astrais ou qualquer outro tipo de previsão.
Essas práticas cumprem uma função psicológica clara:
“controlar o incontrolável”. Elas oferecem, ainda que ilusoriamente, uma
sensação momentânea de segurança e estabilidade.
Por trás dessa busca, existe quase sempre uma dificuldade
profunda em lidar com:
O medo do erro;
O medo de perder;
O medo de ser rejeitado, de falhar, de sofrer.
É exatamente esse mecanismo que gera uma armadilha emocional
extremamente perigosa.
A armadilha do controle ilusório: como a busca por garantias
alimenta sua ansiedade
A princípio, consultar previsões ou acreditar em
determinados rituais traz alívio. Mas esse alívio é curto. Pouco tempo depois,
surgem dúvidas novas, inseguranças renovadas, e a pessoa se vê novamente
prisioneira da incerteza.
O ciclo é cruel:
Surge a dúvida, a ansiedade, o medo;
A pessoa recorre a previsões, sinais ou superstições para
aliviar;
O alívio vem, mas é frágil e passageiro;
A dúvida volta — muitas vezes, mais forte ainda;
A ansiedade se intensifica, exigindo novos rituais, novas
consultas, novas garantias.
Resultado? O cérebro
aprende que só pode ficar “calmo” se houver uma garantia externa. Isso
enfraquece a autoconfiança, rouba a autonomia emocional e gera dependência
psicológica.
É nesse ponto que a ansiedade se instala como um padrão
crônico.
Superstições, ansiedade e sofrimento: os sinais de alerta
Você pode estar preso nesse ciclo se percebe que:
Sempre precisa “consultar alguma coisa” antes de tomar
decisões;
Interpreta sinais, coincidências ou sonhos como
determinantes;
Sente picos de ansiedade quando não consegue uma
“confirmação” sobre o que deseja;
Tem rituais ou manias que acredita que trazem sorte ou
evitam problemas;
Sofre com pensamentos obsessivos sobre o futuro;
Sente medo excessivo de errar, perder ou tomar decisões
equivocadas.
Por que isso acontece? — A explicação psicológica
Do ponto de vista da psicologia clínica, a busca compulsiva
por garantias externas está associada a:
Baixa tolerância à incerteza;
Déficits na regulação emocional;
Perfeccionismo rígido, onde qualquer possibilidade de erro
gera sofrimento intenso;
Experiências de vida marcadas por frustração, rejeição,
instabilidade ou traumas;
Estruturas psíquicas que funcionam na lógica do “controle
mágico” — onde o indivíduo acredita que pode controlar o que, na verdade, é
incontrolável.
Essa dinâmica
alimenta e retroalimenta transtornos como:
Ansiedade Generalizada (TAG);
Transtorno do Pânico;
Fobia Social;
Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC);
Depressão associada a sentimento crônico de impotência.
A ilusão do controle não resolve. Pelo contrário: adoece.
🔸 Nenhum ritual, previsão
ou superstição é capaz de blindar alguém dos riscos da vida.
🔸 A tentativa de
“controlar o incontrolável” apenas fragiliza a pessoa, gerando dependência,
medo constante e, muitas vezes, paralisia diante das decisões.
🔸 E quanto mais buscamos
garantias, menos confiamos na nossa própria capacidade de enfrentar os
desafios.
Como romper esse ciclo?
A resposta está no fortalecimento da sua saúde emocional. E
isso se faz com:
🔹 Psicoterapia
especializada, que trabalha a raiz desses padrões;